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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Palíndromo

Pra quem não sabe, palíndromo é uma palavra, frase ou número que pode ser lido de trás pra frente, ou da esquerda pra direita e vice-versa. Vai de pequenas palavras até frases grandes.

Eis alguns exemplos de palindromos:

Uma palavra:

Asa

Ovo 
Mussum
Arara
Radar
Reviver
Rodador
Mirim
Osso
Rapar


Duas palavras:

Alô bola

Ato idiota
Luz azul
Ladra pardal
Rede ceder
Lata natal
 

Três palavras:

Amor à Roma

Após a sopa
O céu sueco
Oi, rato otário
Tucano na CUT


Quatro palavras:

Livre do poder vil

O galo no lago
A torre da derrota
Ali, lado da Lila
A sacada da casa


Cinco palavras:

A cara rajada da jararaca

Rir, o breve verbo rir
Oh nossas luvas avulsas, sonho...


Mais palavras:


Zé de Lima, Rua Laura, Mil e Dez

Ah, livre era papai noel, Leon ía papar é ervilha

Acata o danado... e o danado ataca

A semana toda lemos: só melado tá na mesa

Ararás. A cuca roda. Ata é bom semear. Assem-a sem ovo, mês a mês, sara. E mesmo beata, a dor, a cuca sarará

Assim a aluna anula a missa

E até o Papa poeta é

E telas eram usadas à caneta até na casa da Sumaré, Salete!"

 
Em roda, tropa; após a sopa, à porta dorme

Lá tá no novo; e sem o califa na fila come-se ovo no Natal

O romano acata amores a damas amadas e Roma ataca o namoro

Oto come doce seco de mocotó

Reverta é verbo, O vivo breve é, Sabe bem amá-lo o Lama, Me beba se é verbo vivo, O breve atrever

Seco de raiva, coloco no colo caviar e doces

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos

Eva, a rara ave, aérea é. Vá, arara. Ave



O interessante é pesquisar e descobrir os inúmeros palíndromos feitos, e até mesmo tentarmos criar alguns. O maior palíndromo da nossa língua tem 320 palavras e foi feito pelo palindromista Ziro Roriz. Reparem como o nome dele também é um palíndromo.

sábado, 28 de agosto de 2010

A Morte do Super-Homem



As histórias em quadrinhos são reconhecidas nos dias de hoje como uma arte outrora desvalorizada no passado por muita gente. Muitos não davam crédito às histórias em quadrinhos (ou HQs) e as consideravam de baixo nível artístico. O fato é que isso na verdade faz parte de uma injustiça que aos poucos foi sendo corrigida. Nos anos 80, obras como Batman – O Cavaleiro das trevas, Batman – Ano Um, Watchmen e Crise nas Infinitas Terras, entre outras, abriram espaço para as HQs brilharem. Não que antes delas não houvesse qualidade, muito pelo contrário. Mas foi nos anos 80 que estourou um gosto maior pelos quadrinhos. Autores e desenhistas ganhavam projeção mundial e tudo foi se elevando a um patamar hoje reconhecido como arte verdadeira.
Sempre fui grande admirador de HQs, tenho minha coleção até hoje. Mas uma coisa precisamos ser justos, há uma certa inverossimilhança em algumas dessas histórias que não poderia passar em branco. Sempre me perguntei por que havia uma sede das empresas de HQs em matar personagens famosos só pra depois revivê-los e ficar às claras que tudo foi uma grande jornada publicitária só pra vender vários exemplares, dando uma nova alavancada numa indústria que vez ou outra se mostra em crises financeiras.
Quando em 1993 foi anunciada uma nova saga chamada A Morte do Super-Homem, vi que haviam chegado ao extremo do absurdo. Afinal de contas, todos sabiam que um dia mais cedo ou mais tarde teriam que "ressuscitá-lo" e dar continuidade às suas histórias, porque não se tratava de um coadjuvante sem importância ou um personagem que não havia dado certo, mas sim o super-herói mais famoso e imitado do mundo.
Nos anos 80, um personagem da editora Marvel matou um personagem importante chamado Capitão Marvel, o nome era A Morte do Capitão Marvel. Mas essa história é tão bem feita que se tornou um clássico. Ele não voltaria mais e tudo ficou naquilo mesmo. Confesso que é uma das melhores HQs que já li. Mas posso dizer que foi uma rara exceção. Em A Morte do Super-Homem, vemos que tudo foi feito como uma jogada de marketing para vender muitas revistas e evitar um possível cancelamento das histórias do homem de aço, ou seja, nada melhor do que causar uma enorme revolução pra depois usar isso a favor próprio. A história é bem simples: o Super-Homem enfrenta um ser alienígena chamado Apocalypse. Em meio a uma enorme batalha, o kriptoniano e o monstro acabam morrendo. Nem discuto as qualidades ou os defeitos da obra, sendo que há um pouco dos dois nela, mas sim essa gigantesca jogada pra vender exemplares. A saga A morte do Super-Homem foi publicada aqui no Brasil numa edição com 160 páginas, ao que se seguiram a mini-série Funeral para um Amigo e logo depois O Retorno do Super-Homem. Nem preciso dizer que tudo isso funcionou às mil maravilhas e tirou o personagem das baixas vendas e de histórias fracas que ele vivia na época e projetou a uma nova fase de bons autores, boas idéias. Esse foi o saldo positivo disso tudo. Sendo assim, a saga da morte acaba sendo mais um objeto de curiosidade (ou apelação) do que propriamente algo artístico, dando um novo impulso e vindo a ser importante o que viria depois disso.
Em 2007 foi lançada uma animação chamada  A Morte do Superman (na tv e cinema o personagem é chamado por seu nome no original em inglês), baseada na HQ. Pra quem não gosta de histórias em quadrinhos ou tem dificuldade pra achar essa obra, vale dar uma conferido nesse desenho animado.
A HQ a Morte do Super-Homem não é uma história ruim (ainda que não tenha grande inspiração e de certa forma não funcione tão bem), ficando como nostalgia para os colecionadores de HQs. Mas com certeza não estará na lista das melhores obras em quadrinhos já feitas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Filmes que fazem refletir

Vou fazer uma série de comentários sobre filmes, destacando alguns ótimos exemplares em cada gênero ou grupo específico. Pra começar, fiz uma listagem de 20 filmes que mexem com as emoções e têm muito a dizer. São 20 filmes que tratam de assuntos diversos, mas que têm em comum o fato de serem histórias que emocionam e fazem refletir. São filmes que merecem ser vistos e revistos. Alguns deles são exibidos por professores e orientadores em colégios, escolas e instituições. Os filmes relacionados abaixo que tiverem escrito LIVRE podem ser exibidos tranquilamente para alunos de qualquer faixa etária, os demais ficam a critério dos exibidores. Posteriormente, farei uma segunda lista, acrescentando outros filmes que aqui ficaram de fora pra não estender demais.


Sociedade dos Poetas Mortos (1989):
Na Inglaterra dos anos 60, um professor (Robin Williams) tenta quebrar o conservadorismo de um rígido colégio, mostrando aos seus alunos que eles têm o direito de serem livres, aproveitando suas vidas de maneira extraordinária. Mas seus métodos nada conservadores não agradam a todos e isso irá gerar graves conseqüências. Obra-prima do diretor Peter Weir. Um filme emocionante que, mais de 20 anos depois continua super atual. Venceu o Oscar de Roteiro original. LIVRE.

O Óleo de Lorenzo (1991):
Um casal (Nick Nolte e Susan Sarandon) tem suas vidas mudadas quando seu filho apresenta uma grave doença diagnosticada como ADL. Depois de procurarem ajuda médica e verem que há falta de medicamentos e até mesmo de atenção, resolvem eles mesmos partirem a uma difícil jornada pela cura da criança. Baseado na história real de Lorenzo Odone, falecido em maio de 2008. Filme difícil e comovente que leva às lágrimas. Dirigido por George Miller. LIVRE.

Garota, Interrompida (1999):
Uma jovem (Winona Ryder) com distúrbio de personalidade é internada pelos pais em um hospital psiquiátrico. Lá, ela descobre uma nova razão de viver, conhecendo seus limites e descobrindo que sua maior adversidade é ela mesma. Aos poucos vai se dando conta que as pacientes são dominadas por uma das internas (Angelina Jolie). Eficiente drama do diretor James Mangold. Oscar de atriz coadjuvante para Jolie.

Longe Dela (2007):
Uma mulher de meia idade (Julie Christie) vê sua vida desmoronar quando descobre estar com o mal de Alzheimer. Mesmo com a relutância do marido (Gordon Pinsent), ela se interna em uma clínica. Ele, sem poder visitá-la no primeiro mês, descobre depois que ela se afeiçoou a um antigo namorado. Por amor, ele então vai aceitando tudo aquilo, compreendendo que tudo faz parte da doença. Filme tocante e de uma leveza magnífica, dirigido pela atriz Sarah Polley. LIVRE.

O Expresso da Meia-Noite (1979):
Um estudante americano (Brad Davis) entra na Turquia com a droga haxixe amarrado pelo corpo. No aeroporto ele é detido e levado à prisão. Lá ele vai viver o pior pesadelo de sua vida, sendo regularmente espancado e humilhado. Seus julgamentos parecem levá-lo apenas a permanecer mais tempo ali. Um dos filmes mais barra-pesada do cinema, de grande impacto emocional. Vencedor de 2 Oscars. Direção de Ala Parker.

Meu Pé Esquerdo (1989):
O drama de Christy Brown (Daniel Day-Lewis), irlandês que nasceu com uma paralisia cerebral. Seus movimentos estendem-se apenas a seu pé esquerdo, e é através dele que Brown vai se tornar um dedicado escritor e pintor. Brown luta para superar suas dificuldades, contando com a ajuda de familiares e amigos. Primeiro Oscar de melhor ator para Day-Lewis e de atriz coadjuvante para Brendan Fricker. Direção: Jim Sheridan. LIVRE

Hotel Ruanda (2006):
Em Ruanda no ano de 1994, durante choques de dois povos, um massacre arrasa milhares de pessoas. O gerente de um hotel (Don Cheadle) se esforça para salvar vidas, escondendo ali várias pessoas. Aos poucos ele vai descobrindo que seu próprio povo pode ser o maior inimigo de si mesmo. Baseado em uma história real, esse filme denuncia um dos vários regimes autoritários vigentes na África, de forma crua e direta. Direção: Terry George.

Quando um Homem Ama uma Mulher (1994):
Um piloto (Andy Garcia) vê seu casamento desmoronar aos poucos quando sua mulher se entrega ao alcoolismo. Para não perder a mulher amada (Meg Ryan), ele faz de tudo para livrá-la do vício, nem que para isso tenha que abandoná-la por uns tempos. Drama romântico que exemplifica muito bem o amor de um homem por uma mulher. Direção: Luis Mandoki. LIVRE.

Uma Lição de Amor (2001):
Um pai com atraso mental (Sean Penn), consegue cuidar sozinho de sua pequena filha (Dakota Fanning), mas de acordo ela vai crescendo, as coisas vão piorando para ele. Evitando ser mais inteligente que o pai, ela decide não evoluir nos estudos, fazendo com que a justiça tente tomá-la dele. Comovente história que trata do amor entre pai e filha. Direção: Jessie Nelson. LIVRE.

Shine – Brilhante (1996):
A história real do pianista australiano David Helfgott (Geoffrey Rush), sua trajetória de lutas e superação, contada desde sua infância em turbulência com o pai, passando pela adolescência quando ele surta em plena apresentação, e concluindo com sua fase adulta e o reconhecimento do público. Belíssimo drama vencedor do Oscar de melhor ator para Rush. Direção: Scott Hicks. LIVRE

Nascido em 4 de Julho (1989):
Ron Kovic (Tom Cruise) é um jovem americano que sonha em defender o seu país na guerra do Vietnã. Ferido em combate, fica deficiente. Ao ver o mundo através de uma cadeira de rodas, vê seus ideais patrióticos irem embora e vai se dando conta que participou de uma guerra mentirosa e insana. Agora, indo contra seus antigos conceitos, luta para expor suas idéias contra a guerra. Fortíssimo filme, o melhor protagonizado por Cruise, e dirigido por Oliver Stone. Vencedor de 2 Oscars.

Menina de Ouro (2004):
Uma garçonete tem o sonho de virar uma boxeadora e mudar de vida. Ela pede ajuda a um boxeador que a princípio lhe desanima. Mas ela não desiste e quer ir até o fim com os treinamentos. Seu sonho é realizado, mas uma tragédia lhe deixa sem movimento no corpo. Vendo-a sofrer, o treinador recebe dela um último pedido que mudará para sempre suas vidas. Obra amarga e triste, um dos melhores filmes dirigidos por Eastwood. Vencedor de 4 Oscars.

Filhos da Guerra (1991):
Para não ser morto em um campo de concentração durante a segunda guerra Mundial, um jovem judeu (Marco Hofschneider) se disfarça de soldado nazista e consegue engana-los. Para não ter seu disfarce revelado, ele precisa levar adiante de qualquer maneira sua nova vida. Filme alemão que foi proibido pelo próprio país de participar da seleção a finalista de filme estrangeiro, devido ao alto teor crítico presente na obra. Direção: Agnieszka Holland.

Farrapo Humano (1945):
Um homem alcoólatra (Ray Milland) já não consegue ao menos levar adiante sua vida de escritor, vindo a estragar também seu relacionamento com a namorada. Ela tenta ajuda-lo, mas ele se entrega cada vez mais ao vício, até que um dia vai parar em uma clínica de reabilitação. Fugindo de lá, tem um delírio em seu apartamento. Filme contundente sobre o vício alcoólico. Vencedor de 4 Oscars. Direção: Billy Wilder. LIVRE.

O Lenhador (2004):
Um homem (Kevin bacon) sai da prisão depois de 12 anos, acusado de pedofilia. Ele vai morar em um apartamento que fica em frente a uma escola primária. Seu agente da condicional lhe visita sempre, com bastante hostilidade. Enquanto isso, seus colegas de trabalho se afastam dele. Uma menina começa a lhe fazer remeter ao passado. Filme polêmico que trata de um assunto bastante controverso, com um final que é um soco no estômago. Direção: Nicole Kassell.

Kramer Vs. Kramer (1979):
Ted Kramer (Dustin Hoffman) certo dia te uma desagradável surpresa: sua mulher Joanna Kramer (Meryl Streep) lhe abandona e deixa o filho pequeno com ele. Inconformado, porém ele tem que levar a vida adiante e precisa reconciliar seu trabalho e os cuidados do filho. Mas o futuro lhe reserva outra surpresa: Joana retorna depois de algum tempo, entrando na justiça pela guarda do filho. Bom drama, com final triunfante. Vencedor de 5 Oscars. Direção: Robert Benton. LIVRE.

Hurricane - O Furacão (1999):
História real do lutador de boxe Rubin 'Hurricane' Carter (Denzel Washington)que nos anos 60 foi injustamente condenado por um crime que não cometeu. Na prisão, ele escreve um livro sobre sua vida. Um grupo de leitores ativistas se comove pela história e tenta encontrar e juntar provas que provem sua inocência. Drama que fala sobre o racismo e a intolerância, com um ótimo desempenho de Denzel que lhe rendeu o Globo de Ouro de melhor ator. Direção: Norman Jewison. LIVRE.

O Doce Amanhã (1997):
Um grave acidente de ônibus escolar acaba matando todos, exceto uma aluna. Um advogado tenta convencer os familiares das vítimas a processar a empresa e ganhar indenização. Mas, ele vai descobrindo que as pessoas talvez não estejam preparadas pra pensarem em dinheiro num momento daquele. Enquanto isso, a única sobrevivente é molestada pelo próprio pai. Drama que trata de assuntos dolorosos, sempre difícil de assistir. Direção: Atom Egoyan.

Os Gritos do Silêncio (1984):
Durante a invasão do Camboja, um jornalista (Sam Waterston) tenta tirar seu guia (Haing S Ngor) daquele país antes que este seja morto. Mas o guia é mandado a um campo de prisioneiros, onde é torturado. A única forma de sobrevivência parece ser a fuga. Um dos filmes que melhor define o estado de alerta e miséria em que se transforma uma cidade dominada pela guerra. Vencedor de 3 Oscars. Direção de Roland Joffé.

Gente como a Gente (1980):
Um acidente de barco acaba matando um jovem. Sua família fica profundamente abalada, mas é o irmão que estava também no barco, que acaba sendo o mais afetado. Ele acha que é o culpado pela tragédia. Sua mãe não lhe dá a devida atenção, enquanto o pai se revela mais humano. O jovem então começa a fazer tratamentos psiquiátricos. Drama que foi muito importante em sua época e que até hoje ainda mexe com as emoções, dirigido pelo ator Robert Redford. Vencedor de 4 Oscars. LIVRE

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Maria-vai-com-as-outras



Não sei se é do conhecimento de todos, mas a expressão “Maria-vai-com-as-outras" se refere a pessoas que se deixam levar pelo que outras pessoas falam. Fazem tudo que lhe mandarem, ou seja, não têm opinião própria e andam com as “pernas” dos outros. Já vi e convivi com muitas pessoas assim, pessoas essas que parecem não terem discernimento próprio e precisam dos outros para lhes dizer o que deve ser dito ou feito. De início, acho que isso comprova uma falta de amadurecimento, falta até mesmo de personalidade, se subjugando a opiniões alheias. Obviamente há conselhos e dicas que vêm em boa hora, mas isso se dá em alguns momentos, não algo permanente em nossas vidas. É importante notar que, algumas pessoas se aproveitam dessas pessoas “manipuláveis” e começam a tomar conta total de suas vidas.
Um dia alguém me disse: “Se uma pessoa quer tomar atitudes em sua vida, mas não tem certa coragem pra isso, vá a um bar e ‘toma uma’, assim ficará preparado pra qualquer decisão”. Só olhei pra aquele pobre coitado e constatei que, se eu me deixasse levar pelos seus conselhos, eu estaria hoje pelas sarjetas da vida. É preciso saber quem está do nosso lado, nos orientando nos momentos em que estamos precisando de apoio. Digo isso, porque há de se tomar cuidado com os despeitados, invejosos e maldosos que podem acabar nos prejudicando ainda mais.
Vou dar alguns exemplos de Maria-vai-com-as-outras”:

*Uma mulher arruma um namorado, ela gosta dele, mas algumas amigas dela não se simpatizam com ele e começam a dizer a ela que ele é feio, sem graça, sem dinheiro, etc. Mesmo que elas saibam que ele a faz feliz. Atitudes assim vêm de pessoas despeitadas e invejosas. Algumas dessas pessoas colocam mil e um defeitos até mesmo porque começam a se interessar pelo mesmo rapaz, ou porque estão sozinhas e se sentem mal por verem que uma amiga próxima encontrou a felicidade que para elas ainda não chegou.
*Há homens que, pra mostrarem que são os tais, deixam as mulheres em casa nos fins de semana e vão nos embalos dos amigos e enchem a cara. Depois reclamam que o casamento vai mal.
*Uma moça só compra as roupas que vê nas novelas, parece não ter opinião própria. O certo é cada um ter seu estilo. Esse negócio de moda é algo imposto pela mídia e pela sociedade de consumo.
Algumas pessoas falam que gostam de um determinado filme ou música, só porque são os mais vistos ou tocados, respectivamente. Se são “do momento” então está tudo bem, segundo eles. Não importando que pode se tratar de péssimos produtos artísticos.
Sempre tomei minhas próprias decisões, não me deixando levar pelos outros. Se acertei ou se errei, tenho consciência de que foram decisões tomadas por mim, ou então em alguns dos casos, com a ajuda de meus pais e às vezes algumas poucas pessoas que eu sei que eu poderia (e posso) contar com eles.
Se você se deixar levar pelos outros, logo essas pessoas estarão manipulando sua vida. Opinando-lhe sobre que roupa você deve usar; qual programação você deve assistir; como você deve agir com seu esposo (a), namorado (a); o que seu filho deve comer, que horas ele deve dormir...

domingo, 15 de agosto de 2010

TOC

Quando eu morava em meu antigo bairro, eu percebia que uma vizinha ao sair, trancava o portão. Até aí tudo normal. Mas ela todos os dias retornava de uns 5 metros e verificava se o portão estava de fato trancado. Fazia isso sempre, todos os dias, feito um ritual. Atitudes assim, repetitivas como uma espécie de obsessão, são conhecidas como TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Algo que está na mente do ser humano que o faz repetir atos e gestos, ou evitar fazê-lo para que não aconteça nada posteriormente.
Certa vez um canal de TV, passou em um programa uma série de reportagens especiais sobre pessoas que sofriam desse mal. Entre os casos que mais chamaram a atenção, destaco dois:
A mulher que não deixava seu filhinho pegar em nada, com medo que ele se contaminasse. Limpava a casa incessantemente, só sossegando quando via que ali não havia um único grão de poeira.
O homem que guardava todas as embalagens de produtos consumidos por ele. Na sua concepção, um dia ele iria precisar daquelas embalagens. Sua casa estava de plásticos e papéis até o teto. 


O TOC é isso, a pessoa não percebe que está agindo em excessos e exagera em seus atos diários. Tudo é motivo de ações persistentes.
Há pessoas que:
Todas as vezes que pega no celular, lava as mãos depois, com medo de estar com radiação.
Organizam no prato todos os tipos de comidas: feijão em um canto, arroz no outro, carne no outro, macarrão no outro, salada no outro e por aí vai.
Se piscar um olho, tem de piscar o outro. Se coçar um lado das costas, tem de coçar o outro lado também. Se tocar no apagador na parede com uma mão, tem que tocar com a outra mão. Se virar o pescoço pra um lado, vira pra o outro lado também.
Não dorme direito, indo sempre ver se o gás de cozinha está desligado.
Ao dormir, coloca os chinelos um ao lado do outro de forma a se encaixar perfeitamente dentro de uma das cerâmicas do chão.

Um dos sintomas mais comuns do TOC é a lavagem excessiva das mãos. Há pessoas que lavam as mãos pelo simples fato de lavá-las sem ter necessariamente pego em qualquer coisa.

TRANSTORNO: Tudo aquilo que afeta, agride e incomoda
OBSESSIVO: Atos/ações constantes que causam desconforto e ansiedades
COMPULSIVO: Algo repetitivo

Pensamentos indesejados (também chamados de sofismas) tais como: morte, blasfêmias, traições, de natureza sexual, pedofilia e incesto também são considerados TOC. Note que tudo isso é em relação a pensamentos, não aos atos em si.
Dúvidas que se tornam persistentes, com uma freqüência acima do normal, bem comuns em pessoas depressivas, também são transtornos.

Sabe aquele filme que você não para de ficar lembrando, ou aquela música que não lhe sai da cabeça? Pois é, também são sinais de TOC.
Às vezes cria-se uma obsessão em tentar se lembrar de uma situação, ou de onde já viu tal pessoa antes, sendo que o melhor a fazer é relaxar e esquecer, a lembrança vem depois quando menos se espera.
Se você procura por algo que não sabe onde colocou, e age de forma desesperada, pode ter certeza que esse algo que você procura pode estar em seu bolso ou em sua frente, mas devido ao seu nervosismo, você fica “cego” e não consegue se dar conta de que aquilo está mais perto de você do que você supõe.
No filme Jumanji há uma cena interessante: Uma mulher pede pra um menino ir ao sótão e pegar um machado dentro do armário. Ao chegar no sótão, o menino vê que o armário está trancado com um cadeado, ele então pega um machado que está ao lado e começa a arrombar o cadeado do armário pra pegar o que lhe foi pedido. Entendeu aí o que nos acontece quando não agimos com clareza?

Quando se faz contagem de tudo: carros que passam nas ruas, estrelas no céu, degraus da escada, quantidade de CDs, números telefônicos, etc., algo não está bem.
Já viu aquelas pessoas que estalam os dedos a todo o momento? E aquelas que não param de olhar pra você (nem sempre é porque está lhe achando bonito ou bonita), mas porque isso é sintoma dessa doença.
Tudo que é feito com bastante simetria, cuidado excessivo, pode significar algo além do que mera organização.
Dizem que fazer listas é sinal de TOC. Confesso que sou um grande fazedor de listas. Faço listas de meus filmes, livros, revistas. Acho que no fundo todos nós temos um pouco de Transtorno Obsessivo Compulsivo. Todos nós agimos de certa forma de maneira impulsiva, alguns com menor freqüência, outros com maior freqüência. Há muitas pessoas que têm essas ações na mente e não em ações. Essas pessoas passam despercebidas por esse problema. Essas ações mentais consistem em lembranças, pensamentos, repetições de palavras, etc.
Como já foi descrito aqui, o TOC não consiste apenas em fazer as coisas ou pensar de forma constante, mas consiste também em evitá-las, tipo:
Não passar em determinados lugares, com medo de pegar alguma maldição.
Não comer certos alimentos com medo de se fazer mal. Há um bom exemplo nesse item: Dizem que pessoas que têm problemas de rins, ao ingerirem carambolas, podem vir a ter soluços, o que significa que posteriormente vai se agravando e pode ter sérias conseqüências, podendo levá-las a morte. Depois que eu soube disso, evito ingerir carambolas. Mas isso é um caso à parte e é muito relativo. Por exemplo: Não podemos parar de comer ovos só porque ele pode transmitir a bactéria chamada Salmonela. Acho que devemos sim ser prudentes na preparação de cada alimento que digerimos, mas nunca com neuroses ou paranóias. Pensar e se preocupar demais com as coisas nunca é bom.

Existem pessoas que não usam banheiros públicos, nem sequer tocam na porta de um. Há quem os use, mas não dá descarga com medo de se contaminar. Aliás, o medo de contaminação é um dos maiores motivos de TOC no mundo. Em muitos casos tem-se medo de pegar em corrimãos de escadas e ônibus, dinheiros (sim, há que não pegue em dinheiro), pilhas, baterias de celulares.
O TOC pode ser analisado e visto dessa maneira:
Um homem lava as mãos ao acordar. Meia hora depois lava novamente, e vai repetindo esse ato várias vezes durante o dia. Algo não avisa ao seu cérebro que ele já lavou as mãos e que não precisa fazer aquilo de forma constante. É quase como se ele esquecesse que já havia lavado as mãos antes.
O TOC é uma doença que aflige, incomoda, maltrata. Deixa a pessoa com medo, preocupações, dúvidas, insegurança, desconforto, mal-estar. Há situações que a pessoa começa a comportar de forma estranha e é tida como louca pelos que estão de fora que não sabem ou não compreendem essa doença. Tudo que mexe com o nosso consciente/inconsciente, que tenha ligação com o psicológico é de natureza gravíssima e por si só muito preocupante. É algo sério que precisa de acompanhamento médico.
Quando saber se temos ou não o TOC? Cada um sabe o limite entre seus atos e pensamentos, se você acha que tal ação lhe incomoda, mas você não consegue parar de fazer isso em excesso, pode ter certeza que isso é um transtorno.

Sabe aquela mania de fazer compras; sempre que vai ao centro da cidade tem de comprar muita coisa?
Pois é...


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Seven - Os Sete Crimes Capitais



Um detetive da divisão de homicídios às vésperas de se aposentar (Morgan Freeman), recebe um novo parceiro (Brad Pitt) para, juntos desvendarem um caso estranho de assassinatos em séries. O que era pra ser uma investigação corriqueira, se transforma num complexo quebra-cabeça para aqueles dois homens. Durante todo o processo de descobertas, eles se dão conta que o assassino, então já classificado como um serial killer, vem matando suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais.
Os sete pecados capitais é algo formulado pela antiguidade, que foi reformulado pela Igreja Católica, ficando assim: Inveja, Vaidade, Luxúria, Preguiça, Avareza, Gula e Ira. Partindo disso, esse assassino espalha medo, terror e morte à suas vítimas, não demonstrando nenhum sinal de piedade. Cabe aos dois detetives deterem esse psicopata antes que ele espalhe mais carnificina. Mas não será fácil combater um inimigo sem rosto, no qual parece estar sempre à frente de tudo, e que utiliza os métodos mais frios e sanguinários pra fazer o que quer e chamar a atenção de todos. O assassino dá as cartas, espalha pistas que levam às suas vítimas, brinca de gato e rato com seus opositores e em momento algum demonstra estar com medo de qualquer coisa. O detetive mais velho mostra segurança, confiabilidade no que faz, porém percebe que está lidando com algo incomum, e aos poucos vai vendo que seus últimos dias antes da aposentadoria pode significar seus dias mais tenebrosos. O detetive mais novo é curioso, impulsivo e só quer a qualquer custo pegar o assassino. Em contraponto a esses momentos de tensão, a esposa do parceiro jovem quer oficializar essa nova parceria de seu marido, convidando o velho e experiente detetive pra jantar em sua casa. São momentos raros de descontração, em meio ao terror que os assolam. E terror maior virá em forma dos pores pesadelos pra aqueles dois homens, quando, numa jogada inesperada, o assassino lhes arma uma estratégia fria e calculista e mostra que tem tudo planejado desde o início. No final, o assassino demonstra toda sua frieza e inteligência, numa atitude totalmente inesperada, elevando ao extremo tudo o que ele havia feito até então.
Seven é isso: A caçada a um assassino impiedoso. Tudo mostrado de forma crua e sem restrições. Em 1991, o filme O Silêncio dos Inocentes mostrava a caçada de uma agente do FBI a um serial killer. A investigadora contava com a ajuda (nem tanto) de outro psicopata. Aqui, os dois detetives não têm essa sorte e precisam buscar pistas em tudo que há pela frente. Um filme que sintetiza os maiores medos do ser humano em relação ao inesperado. Qualquer um pode ser vítima de um assassino cruel, independente de classe ou raça. Aqui, as vítimas são escolhidas de acordo com suas limitações humanas, ou seja, dentro de seus próprios erros. A mulher vaidosa tem seu nariz “empinado” arrancado; o “guloso” é obrigado a comer até morrer; o “preguiçoso” é amarrado em uma cama por um ano inteiro; e por aí vai.
O diretor David Fincher utiliza recursos interessantíssimos, tais como:
*Nunca mostrar o serial killer executando alguém.
*Colocar um clima chuvoso ou escuro em quase todas as cenas.
*Fazer com que uma pista vá levando a outra, de forma bem convincente.
*Mostrar que o assassino está mais próximo dos investigadores, sem que os mesmos se dêem conta disso.
*Um clima pesado e torturante o tempo todo.
*Os letreiros iniciais e finais são bastante originais.
Fincher é um dos poucos diretores de Hollywood que ousa fugir das fórmulas baratas e dar uma roupagem única e original a seus filmes. Seu primeiro longa-metragem foi Alien 3, depois vieram: Seven, Vidas em Jogo (com Michael Douglas e Sean Penn), Clube da Luta (com Edward Norton e novamente Brad Pitt), O Quarto do Pânico (com Jodie Foster e Kristen Stewart, da fraca saga Crepúsculo), Zodíaco (outro filme de caçada a um serial killer, estrelado por Mark Ruffalo, Jake Gyllenhaal e Robert Downey Jr.) e O Curioso Caso de Benjamin Button (terceira parceria com Brad Pitt).
O roteiro de Andrew Kevin Walker é nada menos que excepcional, uma obra de profundo profissionalismo, um dos melhores dos últimos anos. Um texto intenso que em momento algum derrapa em demagogias ou momentos desnecessários à trama. Une-se a essa excelente história, a fotografia exuberante de Darius Khondji e a montagem paralisante de Richard Francis-Bruce. Lembrando que, mais uma vez o Oscar escorrega feio e só nomeia Seven à indicação de melhor montagem. A trilha sonora é outro elemento que faz com que o filme cresça a cada momento, dando um clima mais agonizante.
O elenco também é ótimo: Morgan Freeman passa segurança e firmeza como o detetive a beira de se aposentar. Brad Pitt equilibra um ótimo contraponto com seu colega, entregando uma interpretação bastante convincente. Sua esposa, feita por Gwyneth Paltrow equilibra um pouco de doçura ao filme, toda vez em que ela aparece nos sentimos um pouco mais aliviados com todo aquele terror ali ao redor.
Seven é um filme complexo, angustiante, tenso e com um dos finais mais inesperados e impactantes dos últimos 30 ou 40 anos. É um desfecho que não dá espaço para que possamos respirar mais tranquilamente depois de passarmos duas horas torcendo pela captura do assassino. Falar mais a respeito seria estragar a grande surpresa. Só posso dizer que é um final corajoso que demonstra apenas uma das inúmeras qualidades dessa obra-prima de um diretor que não se vende ao cinemão fácil e mastigado que acostumamos ver pipocando por aí.
É um filme que faz pensar e refletir e especialmente pra quem tem estômago forte.


Nota: 5 de 5

Ttitulo original: S7ven

Lançamento: 1995 (EUA)

Direção: David Fincher

Atores: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow, Kevin Spacey, R. Lee Ermey

Duração: 126 minutos

Suspense/policial

domingo, 8 de agosto de 2010

A Terceira Margem do Rio

Guimarães Rosa talvez seja o segundo maior escritor brasileiro de todos os tempos, só perdendo para Machado de Assis. Exagero? É só ler alguns textos e contos do autor de Grande Sertão: Veredas, pra constatar que não é exagero algum. Entre suas obras-primas, há o conto A Terceira Margem do Rio. Um relato forte e emocionante de um filho que vê seu pai embarcar numa canoa rio afora e nunca mais voltar.
A história narrada em primeira pessoa, começa quando um menino nos conta que seu pai encomendara uma canoa e um dia qualquer, sem mais nem menos resolve entrar nela e sair sem rumo definido. Dizendo apenas um breve adeus, seu pai segue adiante naquela solitária trajetória de viagem. O filho ainda chega a pedir para que seu pai o leve junto, mas este nada diz e segue para o rio. Ninguém entendia o que se passava na cabeça daquele homem para tomar tal atitude. Alguns diziam que ele estava doido.
Daquele dia em diante ninguém mais o via, nem mesmo os fotógrafos que tentavam tirar seu retrato. O filho todos os dias ia levar comida e a deixava na margem do rio na esperança que o pai pegasse.
Os anos vão passando, a família vai se conformando com a idéia e tocando suas vidas pra frente. O garoto cresce, sua irmã se casa, e se muda para outra cidade, os outros aos poucos vão, menos ele. Agora adulto, ele resolve ficar solteiro. Já idoso, ele reflete sobre seu pai. O que teria de fato feito com que ele fosse embora daquele jeito? Um dia então ele resolve voltar às margens do rio. Lá, ele avista seu pai pela última vez e lhe pergunta se gostaria de trocar de lugar, como uma forma de pedir perdão ao pai por qualquer coisa que ele possa ter-lhe feito.

O conto pode ser visto de várias formas. Há várias interpretações, entre elas:

*Um homem que passa toda sua vida sentindo a falta do pai que vai embora.
*O pai poderia ser ele mesmo. E sua narração pode ser fruto de uma auto-análise.
*Quando ele narra que o pai vai embora numa canoa e não volta mais, pode estar simbolizando que o pai na verdade não havia ido embora, e sim falecido. A canoa seria uma metáfora da saudade que um filho sente pelo pai quando o perde.

Independente do que se interprete ao ler esse texto, uma coisa é certa: Guimarães Rosa criou um dos mais belos contos da literatura brasileira, narrando de forma única uma história sobre amor e saudade.

segue abaixo o link do conto, na íntegra:

A Terceira Margem do Rio

domingo, 1 de agosto de 2010

Depressão

Não usarei uma visão médica para falar sobre esse assunto, até mesmo porque não sou médico. Mas usarei uma linguagem fácil e popular para falar de um dos problemas que mais atinge pessoas no mundo todo: Depressão.
Mas o que é Depressão? Bom, depressão é uma doença, um transtorno, um problema muito sério que, se não tratado pode levar à morte. Sim, essa doença é algo terrível e incômodo, um dos piores males a assolar a humanidade. Alguns chegam a dizer que esse mal não tem cura, mesmo que a medicina diga o contrário.

As causas da depressão podem ser:
Morte de uma pessoa amada
Estresse
Frustrações extremas
Problemas nas relações conjugais como crises ou separação
Alvo de críticas constantes, bullings, desafetos, falta de carinho
Doenças graves
Contrariedade constante


Uma pessoa depressiva vê o mundo da pior maneira possível. Para ela não há mais esperança em coisa alguma. Nada é divertido, nada é prazeroso, nada lhe atrai ou chama a atenção. Tudo é sem graça, sem razão nenhuma de ser ou de existir.

Principais sintomas da depressão:
Pessimismo
Mal humor
Desinteresse
Desconcentração nos afazeres
Indecisão
Não consegue terminar o que começou
Manias de inferioridade
Se sente culpado por ele e pelos outros
Distante de tudo e de todos
Afastamento
Irritação com muita facilidade
Não come e nem bebe direito
Chora fácil (em alguns casos, não chora por nada)
Sente pena de si mesmo
Só quer ficar só
Anda se lamentando o tempo todo
Perde o interesse em se vestir direito
Acha que foi abandonado
Inquietude
Tem medo de tudo, principalmente de falhar. Por isso nem começa ou faz nada que pode levá-lo ao fracasso
Desamparo
Sentimento de inutilidade

A depressão literalmente joga a pessoa pra baixo e toma conta de todo seu ser, não lhe dando chances de defesa. Uma pessoa depressiva não tem reações de nada, ela não consegue achar forças pra se erguer.
Cuidado com o tipo de ajuda que você vai prestar a uma pessoa com depressão. Se você for agir com ela de modo duro, dizendo-lhe pra reagir, pra ficar animado, dizendo coisas do tipo: “Sai dessa, ficar assim é coisa de fracos”, está na verdade prejudicando mais do que qualquer outra coisa. Não se ajuda um depressivo, o fazendo achar que está abaixo de você, lhe dando a impressão de que ele está numa situação aquém das outras pessoas. Se você agir dessa forma, é melhor cair fora e deixar que outros prestem a ajuda certa, que seria encaminhar tal pessoa a um especialista e também ouvi-lo, sem criticá-lo e nem fazer muitas perguntas. Jamais diga a uma pessoa depressiva algo do tipo: “Há tanta gente numa situação pior do que você, sem moradia, sem emprego...”, pode ter certeza de uma coisa: isso não ajuda em nada, pelo contrário, só atrapalha ainda mais.
A depressão não escolhe idade, sexo, cor, grau de escolaridade, rico ou pobre. Algumas pessoas ignorantes dizem que depressão é uma doença de pessoas fracas, sem forças. Alguns evangélicos sem o dom do discernimento espiritual dizem que a depressão é do maligno, ou seja, a depressão é uma doença possessiva que adentrou aquela pessoa, e que tal pessoa precisa ser libertada desse mal. A depressão com certeza é maligna do ponto de vista humano. Quem se sente bem estando com depressão? Mas de forma alguma uma pessoa com depressão está possuída por demônios. Isso é conversa de pastorzinhos de igrejas capitalistas a fim de lucrarem com a miséria alheia. No fundo, somente uma pessoa que já passou por uma depressão é que sabe o que uma pessoa depressiva está passando. Já vi pessoas depressivas que se escondiam quando viam alguém, em outros casos, pessoas com essa doença gritavam e se desesperavam.
Depressão é coisa séria. Não se deve brincar com essa doença, é preciso procurar ajuda imediatamente. Depressão leva a morte. O suicídio em alguns casos é questão de tempo.
Excesso de remédios pode levar a depressão. Remédios como analgésicos e anti-histamínicos (antialérgicos e outros) podem levar a depressão.
Uma pessoa com depressão tem pesadelos horríveis, vindo a ter variações do mesmo sonho todas às vezes. Na maioria dos casos sonham com a própria morte. Esses sonhos fazem parte de um processo destrutivo que tende a piorar ainda mais o estado dessas pessoas.
Com depressão não se brinca. Se você tem esse problema ou está sentindo tais sintomas pela primeira vez, procure um médico. Ele lhe orientará da melhor maneira e o encaminhará a um especialista. A depressão tem cura. Há remédios antidepressivos que combatem essa doença. Se não está acontecendo com você, mas com uma pessoa próxima, procure ajudá-la da melhor maneira possível, levando-a a um tratamento com um profissional na área. Quando você ver alguém (ou você mesmo) querer ficar sozinho o tempo todo, cuidado, isso pode ser início de depressão. Portanto, cuide-se.