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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Todos os vencedores do Oscar de melhor filme



O ano de 1929 ficou marcado no cinema por ter sido o ano em que o prêmio Oscar (o mais importante da história da Sétima Arte) foi criado para celebrar os melhores do ano. De lá pra cá, a Academia vem premiando todos os especialistas da área de cinema. Coloco aqui a lista completa de todos os vencedores ao Oscar de melhor filme. Assisti a todos eles, e posso dizer que muitos desses filmes foram premiados merecidamente, mas também há aqueles que nem de longe mereciam estar nessa lista. O ano citado diz respeito ao ano da premiação, e não o ano de produção do filme. Vale a pena conhecer a lista e os filmes.


1929 - Asas (Wings) – Cenas aéreas muito bem feitas – Nota 4 de 5
1930Melodia na Broadway (The Broadway Melody) – Musical sem tantos atrativos – Nota 3 de 5
1931Sem Novidades no Front (All Quiet on the Western Front) – Anti-Guerra excepcional – Nota 5 de 5
1932Cimarron (Cimarron) – Épico de faroeste – Nota 4 de 5
1933Grande Hotel (Grand Hotel) – Muitas estrelas e pouco conteúdo – Nota 3 de 5
1934Cavalgada (Cavalcade) – Drama sem muita novidade – Nota 3 de 5
1935Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night) – Ótima comédia otimista – Nota 5 de 5
1936O Grande Motim (Mutiny on the Bounty) – Bela reconstituição de época – Nota 5 de 5
1937Ziegfeld, o Criador de Estrelas (The Great Ziegfeld) – Musical esplendoroso – Nota 5 de 5
1938A Vida de Emile Zola (The Life of Emile Zola) – Bela biografia de um gênio – Nota 4 de 5
1939Do Mundo Nada se Leva (You Can’t Take It With You) – Comédia de estilo – Nota 4 de 5
1940...E o Vento Levou (Gone With The Wind) – O maior de todos os clássicos – Nota 5 de 5
1941 Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebeca) – Suspense psicológico genial – Nota 4 de 5
1942Como Era Verde Meu Vale (How Green Was My Valley) – Memórias da infância – Nota 4 de 5
1943Rosa de Esperança (Mrs. Miniver) – Ótima “propaganda” de guerra – Nota 4 de 5
1944Casablanca (Casablanca) – O romance perfeito – Nota 5 de 5
1945O Bom Pastor (Going My Way) – Ótimo mistura de drama e música – Nota 4 de 5
1946Farrapo Humano (The Lost Weekend) – O alcoolismo e suas conseqüências – Nota 5 de 5
1947Os Melhores Anos de Nossas Vidas (The Best Years of Our Lives) – Marcas de uma guerra – Nota 5 de 5
1948A Luz É Para Todos (Gentleman’s Agreement) – O anti-semitismo e a sociedade – Nota 4 de 5
1949Hamlet (Hamlet) – Shakespeare num clássico absoluto – Nota 5 de 5
1950A Grande Ilusão (All the King’s Men) – Retrato da sujeira política – Nota 4 de 5
1951A Malvada (All About Eve) – O melhor filme sobre o teatro – Nota 5 de 5
1952Sinfonia de Paris (An American in Paris) – Um musical alegre e deslumbrante – Nota 5 de 5
1953O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth) – O circo em superprodução – Nota 4 de 5
1954À Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity) – Pearl Harbor e suas histórias – Nota 5 de 5
1955Sindicato de Ladrões (On The Waterfront) – Show de interpretações – Nota 5 de 5
1956Marty (Marty) – O amor não tem idade – Nota 4 de 5
1957A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in 80 Days) – Clássico da literatura ganha as telas – Nota 4 de 5
1958A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai) – Superprodução de guerra – Nota 5 de 5
1959Gigi (Gigi) – Musical sem muita força – Nota 3 de 5
1960 Ben-Hur (Ben-Hur) – Épico dos épicos – Nota 5 de 5
1961Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment) – Segredos e revelações – Nota 4 de 5
1962Amor Sublime Amor (West Side Story) – O maior dos musicais – Nota 5 de 5
1963Lawrence da Arabia (Lawrence of Arabia) – Épico excepcional – Nota 5 de 5
1964As Aventuras de Tom Jones (Tom Jones) – Comédia com toques de romance – Nota 4 de 5
1965Minha Bela Dama (My Fair Lady) – Musical com bastante elegância – Nota 4 de 5
1966 A Noviça Rebelde (The Sound of Music) – Músicas inesquecíveis – Nota 5 de 5
1967O Homem que Não Vendeu Sua Alma (A Man for All Seasons) – Até o fim pelos ideais – Nota 5 de 5
1968No Calor da Noite (In the Heat of the Night) – Justiça e preconceito se encontam – Nota 4 de 5
1969Oliver! (Oliver!) – Charles Dickens em forma de musical – Nota 4 de 5
1970Perdidos na Noite (Midnight Cowboy) – Desilusão e solidão lado a lado – Nota 4 de 5
1971Patton, Rebelde ou Herói? (Patton) – A Guerra e seu preço – Nota 4 de 5
1972Operação França (The French Connection) – Policial ultra-realista – Nota 5 de 5
1973O Poderoso Chefão (The Godfather) – O melhor sobre a máfia – Nota 5 de 5
1974Golpe de Mestre (The Sting) – A sorte está lançada – Nota 4 de 5
1975 O Poderoso Chefão 2 (The Godfather Part II) – O épico continua – Nota 5 de 5
1976 Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest) – A liberdade em discussão – Nota 5 de 5
1977Rocky, Um Lutador (Rocky) – O sonho americano realizado – Nota 4 de 5
1978 Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall) – Alegrias e tristezas do amor – Nota 5 de 5
1979O Franco-Atirador (The Deer Hunter) – Cicatrizes da guerra – Nota 5 de 5
1980Kramer vs. Kramer (Kramer vs. Kramer) – Tribunal entre família – Nota 4 de 5
1981Gente Como a Gente (Ordinary People) – A dor da perda – Nota 4 de 5
1982Carruagens de Fogo (Chariots of Fire) – Superação e limites – Nota 4 de 5
1983Gandhi (Gandhi) – A liberdade pela não-violência – Nota 4 de 5
1984Laços de Ternura (Terms of Endearment) – Conflitos em família – Nota 4 de 5
1985Amadeus (Amadeus) – Genialidade e rebeldia – Nota 5 de 5
1986 Entre Dois Amores (Out of Africa) – Romance proibido – Nota 4 de 5
1987 Platoon (Platoon) – O inimigo pode estar entre nós – Nota 5 de 5
1988O Último Imperador (The Last Emperor) – Superprodução sobre a decadência – Nota 5 de 5
1989Rain Man (Rain Man) – Superando as diferenças – Nota 4 de 5
1990Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy) – A velhice e seus dramas – Nota 4 de 5
1991Dança com Lobos (Dances With Wolves) – O homem em busca de si mesmo – Nota 5 de 5
1992 O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs) – Medo e tensão na forma humana – Nota 5 de 5
1993 - Os Imperdoáveis (Unforgiven) – O passado nem sempre é esquecido – Nota 5 de 5
1994A Lista de Schindler (Schindler’s List) – O melhor retrato sobre o Holocausto – Nota 5 de 5
1995Forrest Gump, o Contador de Histórias (Forrest Gump) – Limitações podem ser superadas – Nota 5 de 5
1996Coração Valente (Braveheart) – Luta pela liberdade – Nota 4 de 5
1997 O Paciente Inglês (The English Patient) – Um amor resiste à Guerra – Nota 4 de 5
1998Titanic (Titanic) – Nada poderia separá-los? – Nota 5 de 5
1999Shakespeare Apaixonado (Shakespeare in Love) – O gênio e seus amores – Nota 5 de 5
2000Beleza Americana (American Beauty) – Desmacarando as convenções – Nota 5 de 5
2001Gladiador (Gladiator) – O escravo que virou gladiador – Nota 4 de 5
2002 Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind) – Alucinações de um gênio – Nota 4 de 5
2003Chicago (Chicago) – O ultimo grande musical – Nota 5 de 5
2004 O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (Lord of the Rings – The Return of the King) – Conclusão de uma grande trilogia – Nota 5 de 5
2005 Menina de Ouro (Million Dollar Baby) – Sonho realizado e perdido – Nota 4 de 5
2006Crash – No Limite (Crash) – Drama forçado que não empolga tanto – Nota 3 de 5
2007 - Os Infiltrados (The Departed) – Os dois lados da lei em conflito – Nota 4 de 5
2008Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)A violência brutal – Nota 5 de 5
2009 Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire) Em busca do sucesso – Nota 3 de 5
2010 Guerra ao Terror (The Hurt Locker) - O inimigo sem rosto – Nota 4 de 5
2011 - O Discurso do Rei (The King's Speech) - Superação e determinação - Nota 5 de 5

domingo, 26 de dezembro de 2010

A Montanha dos Sete Abutres



Um jornalista chega à pequena província de Albuquerque no Novo México, e convence o dono de um jornal a lhe dar emprego. Esse jornalista é Charles Tatum (Kirk Douglas), homem inescrupuloso e manipulador, que já foi despedido de vários jornais de prestígio pelas mais diversas razões. Um ano se passa sem que Tatum consiga uma grande reportagem que seria seu passaporte para sair dali e voltar a fazer parte dos grandes jornais de Nova York ou Chicago. Mas acaba surgindo uma oportunidade, quando seu chefe lhe manda juntamente com um jovem fotógrafo a um lugarzinho ali perto pra cobrir uma reportagem sobre cascavéis soltas. Mas a caminho, Tatum descobre que algo mais “atrativo” está acontecendo. Um homem ficou preso em uma velha mina indígena que desmoronou. O esperto jornalista prepara todo seu arsenal para que tudo se transforme em uma grande notícia. Começa então um grande show, um festival de sensacionalismo que envolve a visita ao local de milhares de pessoas, parques de diversão, circo, música ao vivo, e outros jornalistas da imprensa e TV afim de não deixar escapar nenhum detalhe, demonstrando assim a necessidade que muita gente tem em se sentir bem perante a desgraça de outros.
Tatum joga as cartas na mesa e se mostra dono do jogo. Manipula o xerife local (que é corrupto), prometendo-lhe a reeleição, em troca da garantia de que ninguém atrapalhará sua cobertura jornalística; obriga a esposa da vítima (a bela Jan Sterling) a se fazer de mulher desconsolada, sendo que esta só quer mesmo é lucrar com as vantagens que o show lhe proporciona, e descarta tudo que lhe é desfavorável nesse “circo” criado por ele. A influência de Tatum se torna tão grande ali, que em certo momento ele obriga que o trabalho de salvamento do homem soterrado não seja feito por dentro da mina (esse processo seria rápido, e isso consequentemente faria com que o show terminasse logo), mas através de uma escavadeira por cima da montanha, prolongando assim o que poderia ser algo bem mais rápido.
O diretor Billy Wilder ao dirigir A Montanha dos Sete Abutres sabia que estaria com isso, mexendo com casa de abelhas, ou melhor, mexendo com a imprensa. A mesma imprensa que pode elevar ou destruir a carreira de um filme nos cinemas. E foi isso que aconteceu, o filme de Wilder foi um grande fracasso. Mas, diga-se de passagem, que foi um fracasso injusto, porém, o tempo passou e o transformou em uma das obras-primas do cinema. Nunca o sensacionalismo foi visto no cinema de forma tão abrangente e lúcida. No também brilhante Rede de Intrigas (1976), o diretor Sidney Lumet expõe uma situação parecida, porém neste, critica-se o papel do sensacionalismo da TV. Em Paixões que Alucinam (1962). Samuel Fuller moostra a história de um jornalista que, na ânsia de ganhar o prestigiado prêmio Pulitzer, se finge de louco pra ficar por uns tempos em um manicômio e assim descobrir quem foi o assassino de um dos internos. Em 1940, o excelente diretor Howard Hawks mostra em Jejum de Amor a história de jornalistas que correm atrás da notícia, em especial alguma novidade sobre um homem acusado de um crime que está sendo condenado à forca. Mesmo que seja uma comédia “ligeira”, Hawks não deixa de dar umas alfinetadas, criticando a imprensa marrom.
Em Impacto Profundo, numa das cenas, um homem afetado por uma reportagem chega pra uma repórter e pergunta: “Antes de você ser repórter, você era um ser humano”? . Se a imprensa algumas vezes detona o cinema, o cinema em algumas ocasiões também não deixa por menos.
Mas A Montanha dos Sete Abutres não seria tão esplêndido se não fosse pela direção magistral de Billy Wilder e a excepcional atuação de Kirk Douglas. Wilder era um diretor versátil, dirigiu filme noir (Pacto de Sangue), dramas (Farrapo Humano, crepúsculo dos Deuses), drama de guerra (Inferno nº. 17), comédias (Sabrina, O Pecado Mora ao Lado, Quanto Mais Quente Melhor, Se Meu Apartamento Falasse), filme de tribunal (Testemunha de Acusação), voltou a falar do jornalismo em A Primeira Página. Kirk Douglas é um dos maiores atores de Hollywood, nunca vi uma atuação fraca de Douglas, e sempre se deu bem em todos os gêneros. Trabalhou com os mais respeitados diretores, entre eles: William Wyler (Chaga de Fogo), Vincente Minnelli (Assim Estava Escrito, Sede de Viver), Stanley Kubrick (Glória Feita de Sangue, Spartacus), Joseph L. Mankiewicz (Quem é o Infiel?, Ninho de Cobras), entre outros.
Em alguns cursos de Jornalismo e Comunicação Social, esse filme é muito comentado e discutido, até mesmo porque o próprio diretor Wilder já fora jornalista antes de entrar pra Sétima Arte. Se algum estudante dessa área ainda não assistiu A Montanha dos Sete Abutres, procure conhecer, certamente será mais um pilar para a matéria que envolve Sensacionalismo.
A Montanha dos Sete Abutres tem uma ótima história (foi indicado ao Oscar de Roteiro Original, aliás, sua única indicação), diálogos brilhantes, personagens fortes. Reparem que durante todo o filme só vemos três pessoas corretas: o pai da vítima, a mulher que reza e o dono do jornal em que Tatum pediu emprego; de resto, só vemos pessoas egoístas e manipuladoras. Em certo momento, Tatum diz ao seu editor: “Se não aparece uma notícia, eu saio na rua e mordo um cachorro”.
Todo o sensacionalismo e “importância” dados aos mineiros presos em uma mina no Chile esse ano, foi um exemplo de que a obra de Wilder não envelheceu, continua mais atual do que há quase 60 anos.



Nota: 5 de 5

Título original: Ace in the Hole

Lançamento: 1951 (EUA)

Direção: Billy Wilder

Elenco: Kirk Douglas, Jan Sterling, Porter Hall, Robert Arthur, Frank Cady

Duração: 111 minutos

Drama

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um Conto de Natal, de Charles Dickens




O escritor inglês Charles Dickens se tornou famoso por obras como Oliver Twist, David Copperfield, Grandes Esperanças e Um Conto de Duas Cidades, mas nenhuma delas é mais querida pelo público do que Um Conto de Natal. Escrito em 1843, Um Conto de Natal (também chamado aqui no Brasil de Um Cântico de Natal) é a obra literária mais famosa sobre o Natal, sendo muito imitado e adaptado ao longo dos anos. Conta a história do velho Ebenezer Scrooge, um homem solitário e avarento que não gosta das festas natalinas, e vive cercado apenas de papéis e mesquinhez. Seu empregado Bob Cratchit apesar de tudo, tem grande consideração por ele. Bob tem um filho paralítico chamado Tim. O sócio de Scrooge que falecera dias antes, diz em forma de espírito que ele receberá a visita de três fantasmas. Na noite de Natal, o velho Scrooge recebe a visita do fantasma dos natais passados e mostra ao mesmo sua vida nos tempos em que ele gostava do Natal, antes de virar uma pessoa chata e ranzinza. Depois é a vez do fantasma dos natais presentes visitá-lo e mostrar-lhe como é feliz a família de seu empregado Bob, mesmo com a doença do pequeno Tim e suas dificuldades financeiras. O terceiro fantasma, o do Natal futuro, mostra a Scrooge como será sua morte envolta em solidão e sem ninguém para lembrar dele. Tudo isso faz com que o coração de Scrooge amoleça e ele acorde no dia seguinte transformado em um homem bom e generoso.
Com certeza você já deve ter lido, ouvido ou assistido algo parecido. Um Conto de Natal foi várias vezes adaptado e copiado para a TV e o cinema. Entre os mais famosos filmes, estão Scrooge (1951), Adorável Avarento (1970), Os Fantasmas Contra-Atacam (1988, uma versão modernizada da obra) e Os Fantasmas de Scrooge (2009). Filmes como A Felicidade Não se Compra (1946) e O Expresso Polar têm semelhanças com a história de Dickens. Pra quem não sabe, o personagem Tio Patinhas, da Disney, foi baseado em Scrooge.
Um Conto de Natal é um belo livro que traz uma mensagem positiva e reflexiva, que não pode faltar em sua coleção.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Selo Prêmios Dardos



Essa semana, fui contemplado com o prêmio dos selos Dardos, um prêmio que premia os blogs que:

"...transmitem valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.”

Tudo começa em 2008, quando um moço espanhol chamado Alberto Zambade decidiu premiar alguns blogues que, segundo ele:

("... reconoce los valores que cada blogger muestra cada día en su empeño por transmitir valores culturales, éticos, literarios, personal, etc.., que en suma, demuestra su creatividad a través su pensamiento vivo que está y permanece, innato entre sus letras, entre sus palabras rotas.")
Assim, ele premiou tais blogs com o selo dos Prêmios Dardos ("Dardo" era seu sobrenome). E ele deixou algumas regras bem claras:

- Exibir a imagem do selo no seu blogue;
- Linkar o blog pelo qual recebeu a indicação;
- Escolher outros blogs para receber o Selo Dardos;
- Avisar aos escolhidos.

Decidi premiar com os selos Dardos os seguintes blogs:

http://cozinhasemdrama.blogspot.com/
http://limitesdesconhecidos.blogspot.com/


Tenho certeza que outros blogs surgirão.

Quero agradecer ao meu amigo Victor Tanaka do blog http://diario-cinefilo.blogspot.com/ por ter me premiado com os selos Dardos.



domingo, 12 de dezembro de 2010

Arma-X - A Origem de Wolverine



Em 1992 a editora Abril lançou mais um exemplar de sua trimestral série Grandes Heróis Marvel, o de número 35, estrelado pelo Wolverine, com o Título Arma-X – A Origem de Wolverine. Em setembro de 2003, a editora Panini relançaria essa mesma história (não confundir com a série mensal homônima). Trata-se da origem de Wolverine, o membro mais famoso da equipe de mutantes chamada X-men.
Wolverine surgiu em 1974, numa história do Hulk. O público viria a se agradar daquele personagem que continha garras metálicas e era bastante ágil. Daí ele evoluiu e entrou para os X-men, depois vindo a ter suas próprias histórias. Mas quem era aquele baixinho invocado? De onde ele vinha? Qual era o seu passado? Pra essas respostas, em 1991 o escritor e desenhista Barry Windsor-Smith (famoso por suas ótimas histórias de Conan) criou a obra Arma-X, em que procurava tirar essas e outras dúvidas. Em um pequeno resumo, a história é basicamente assim: Nos anos 60 no Canadá, Logan (depois Wolverine) é capturado e levado até a instalação militar do Projeto-X. Lá, ele é submetido a todos os tipos de testes e tem implantado em seu corpo, ossos e garras de adamantium (um metal inquebrável). Mas os cientistas ali presentes não contavam que algo daria errado, e Logan sairia dali em fúria, disposto a acabar com todos os que lhe fez de cobaia. Agindo como um animal feroz, o futuro membro dos X-men se vê em meio a lugares obscuros e cobertos de neve, sozinho e ameaçado por algo que nem ele mesmo sabe o que é. Essa história pode não soar estranha pra quem nunca leu a HQ, pois o mesmo conceito foi visto posteriormente nos filmes X-Men 2 e X-Men Origens – Wolverine. Também em uma animação chamada Hulk Vs. Wolverine, vemos muito do que foi mostrado nessa HQ criada por Smith. Um dos pontos altos das HQs nos anos 90, Arma-X foge dos clichês do gênero ao apresentar um personagem famoso envolto em mistérios e alucinações, diferente de muito do que já se viu anteriormente. Os admiradores de HQs atuais que não conhecem Arma-X, não sabem o que está perdendo. 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Kevin Carter, o fotógrafo da morte


Em março de 1993 no Sudão, o fotógrafo branco Kevin Carter, nascido na África, vê uma menina africana se arrastar sem forças até um campo de alimentação da ONU em busca de alimento. Ali, um urubu está apenas esperando o momento em que a menina morrerá para que ele satisfaça sua fome. Naquele momento, Carter espera por 20 minutos para que o Urubu levante suas asas para que ele fotografe aquela situação e pegue um bom ângulo, mas desistindo da ação do animal, ele tira várias fotos daquela trágica cena. Depois disso, Carter sai dali afugentando o bicho e vai fumar um cigarro. Só depois, arrependido, ele volta pra saber sobre a criança, vindo a descobrir que ela havia morrido. Tal ação nos faz pensar em quem seria o verdadeiro urubu: o animal ou o homem? 
A foto é publicada no mesmo mês, e em maio de 1994, Carter ganha o cobiçado prêmio Pulitzer por essa fotografia. A verdade é que, mesmo ganhando prêmios e sendo elogiado, Carter por outro também foi duramente criticado por permitir que uma criança se submetesse a uma situação dolorosa pela sobrevivência enquanto ele ficava ali durante 20 minutos fotografando tudo. 
Kevin Carter fazia parte de um grupo de fotógrafos que se especializaram em fotografar mortes, atrocidades e misérias. Alguns desses fotógrafos tiveram morte trágica (alguns foram assassinados), outros se envolveram com drogas e alguns perderam tudo que tinham. No caso de Carter, ele perdeu tudo e logo após se suicidou, no dia 27 de julho de 1994, trancando-se em seu carro e inalando monóxido de carbono vindo de uma mangueira, direto do carburador do automóvel. Carter foi morrer em um local onde viveu a infância, e deixou ali um bilhete no qual expressava desesperança e  dor de consciência.

Um trecho do bilhete:

"Estou deprimido… Sem telefone… Sem dinheiro para o aluguel.. Sem dinheiro para ajudar as crianças… Sem dinheiro para as dívidas… Dinheiro!!!… Sou perseguido pela viva lembrança de assassinatos, cadáveres, raiva e dor… Pelas crianças feridas ou famintas… Pelos homens malucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policiais, carrascos… Se eu tiver sorte, vou me juntar ao Ken…"

Os registros de mortes, misérias e carnificinas de Kevin Carter chegavam ao fim.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

1 ano de Blog (e 10 mil visitas)


10 mil visitas nesse blog, isso me deixa muito feliz. Parece pouco, mas em se tratando de um blog que não tem maiores intenções em ser algo relacionado a propagandas ou pretensiosismos. É um grande acontecimento poder comemorar não só 10 mil visitas, mas também 1 ano de existência desse blog. Como está escrito no blog, não tive e não tenho a intenção aqui em me posicionar apenas em um foco específico, mas falar de assuntos que estejam ao meu alcance. Cinema, literatura e Histórias em Quadrinhos são os assuntos que tenho conhecimento e embasamento para comentar a respeito. Mas falo também de artes plásticas (já trabalhei com pinturas, e também desenhando fotografias), relacionamentos amorosos (quem nunca se deu mal em relacionamentos e não tem algo pra relatar, ou encontrou alguém que valesse a pena?), e assuntos diversos.
O que me deixa mais feliz nesse blog é a interatividade que tenho com meus amigos, aqueles que compartilham comigo as postagens que constantemente coloco aqui.
Vou contar aqui algo que acho que servirá de base pra outras pessoas. Um dia eu fui fazer uma visita a um amigo e levei uns textos e contos escritos por mim, pra ele ler e me dizer depois o que achou. Eu disse algo do tipo: “São simples, não há nada de especial neles”. Ele respondeu: “Não seja modesto, temos que valorizar o que somos e o que fazemos”. Outra vez, estando eu na Biblioteca Municipal, eu conversava com outro amigo, e em certo momento ele me disse: “O que fazemos, o que criamos, é igual mulher, se não damos valor, o vizinho do lado dará”. Esses dois fatos serviram para que eu pensasse e refletisse a respeito do que fazemos, onde nem sempre valorizamos o que é nosso.
Um agradecimento especial a todos que comentaram no blog:

Daniana Bittencourt, Narinha (A.R. Moraes), Rodolfo, Andinhu, Victor Tanaka, Lucas Assis, Ronecson Gomes, Leda, A. R. Moraes, suellen.orrico95, Jeniiffer Maciel, Fran Bianchi, Mara, Valdecy Alves, Luis Otavio M. Guimarães, linda, Maria da Conceição, Magno Bittencourt, estelinha, Gian Le Fou, Lééttíy,  Emmanuela, Augusto César, Cláudia, Cristiano, Patric, Cristiano Contreiras, Mauro Coimbra e os amigos anônimos.

E muito obrigado a todos que passaram por aqui.

Um abraço!!!