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sábado, 8 de maio de 2010

A Caolha - Uma história do amor de uma mãe por seu filho.

Uma mulher que tinha um de seus olhos arrancados era chamada de caolha por onde quer que fosse. Seu filho único chamado Antonico tinha vergonha e nojo dela; todos zombavam de sua mãe e ele assim ficava constrangido, não por ela, mas por ele mesmo. Na rua em que morava, na escola, no trabalho, ninguém o poupava de chamá-lo de “O filho da caolha”. A mãe, bastante compreensiva e nunca querendo desagradar seu filho, entende de certo modo o fato deste ter vergonha dela, e evita sair com ele. Crescido, esse rapaz se apaixona por uma moça, mas esta depois de um tempo receosa em ser rotulada de “nora da caolha”, desiste de ir em frente com ele. O jovem então, em seu trabalho de alfaiate, decide morar no seu emprego e deixar a mãe morando só, e questiona o fato da mãe nunca ter lhe contado o motivo que a deixou sem um dos olhos. Ao ver tal atitude do filho, a mãe lhe diz:

- Embusteiro! O que você tem é vergonha de ser meu filho! Saia! Que eu também já sinto vergonha de ser mãe de semelhante ingrato!

O rapaz, arrependido em sua nova moradia, procura sua madrinha pra que esta converse com a mãe por ele a fim de amenizar o ocorrido entre os dois, contando-lhe todo o ocorrido.


- Eu previa isso mesmo, quando aconselhava tua mãe a que te dissesse a verdade inteira; ela não quis, aí está!
- Que verdade, madrinha?
Encontraram a caolha a tirar umas nódoas do fraque do filho - queria mandar-lhe a roupa limpinha. A infeliz se arrependera das palavras que dissera e tinha passado a noite à janela, esperando que o Antonico voltasse ou passasse apenas... Via o porvir negro e vazio e já se queixava de si! Quando a amiga e o filho entraram, ela ficou imóvel: a surpresa e a alegria amarraram-lhe toda a ação.
A madrinha do Antonico começou logo:
- O teu rapaz foi suplicar-me que te viesse pedir perdão pelo que houve aqui ontem e eu aproveito a ocasião para, à tua vista, contar-lhe o que já deverias ter-lhe dito!
- Cala-te! - murmurou com voz apagada a caolha.
- Não me calo! Essa pieguice é que te tem prejudicado! Olha, rapaz! Quem cegou a tua mãe foste tu!
O afilhado tornou-se lívido; e ela concluiu:
- Ah, não tiveste culpa! Eras muito pequeno quando, um dia, ao almoço, levantaste na mãozinha um garfo; ela estava distraída, e antes que eu pudesse evitar a catástrofe, tu o enterraste pelo olho esquerdo! Ainda tenho no ouvido o grito de dor que ela deu!
O Antonico caiu pesadamente de bruços, com um desmaio; a mãe acercou-se rapidamente dele, murmurando trêmula:
- Pobre filho! Vês? Era por isto que eu não queria dizer nada!


Veja esse conto na íntegra aqui:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/julia-lopes-de-almeida/a-caolha.php


Esse conto foi escrito pela brasileira Júlia Lopes de Almeida no início do século 20 e mostra que o amor de uma mãe suporta a tudo, disposta até a pagar um alto preço pra não magoar seu filho, mesmo que isso a faça sofrer durante toda a sua vida.
Que esse texto sirva de lição àqueles que não dão o devido valor às suas mães. Lembrando que mãe na vida da gente só existe uma.
A todas as mães, muitas felicidades nesse dia especial.

9 comentários:

  1. Lindo conto. Não o conhecia. É realmente assim que nós, mães, agimos: TUDO por nossos filhos.
    Parabéns pela escolha e publicação deste.

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  2. Maria da Conceição Ferreira8 de maio de 2010 às 20:25

    Gostei muito deste texto foste feliz ao coloca-lo, todas as pessoas que não valorizam suas mamães deveriam conhecer esta história, pois amor maior que o de mãe só o de DEUS...Amemos mais nossas mãezinhas enquanto as temos...

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  3. Bem interesante esse conto, ter a percepção de coloca-lo foi melhor ainda. Parabéns a todas as mães, não só neste dia, mas em todos os dias do ano!!!

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  4. parabens amigo. naosopelo comentario que serve de exemplo a muitos filhos pro ai mas tbm pelo filho que és... um abraço beijos

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  5. Emocionante... Parabéns pela escolha!!!

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  6. é sempre bom ter essas historias que emocionam o coração ,parabens

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  7. Gostei muito meus ficou o conto por isso amem suas maezinhas antes q seja
    Tarde de d+++...

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