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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Balzaquiana


O escritor francês Honoré de Balzac (1779-1850) ao escrever seu famoso livro A Mulher de Trinta Anos, não imaginava que essa obra lhe ajudaria a ficaria imortalizado não apenas como escritor, mas seu próprio nome sendo referência a um tipo de mulher de nosso tempo. Balzaquiana assim como a personagem do livro citado, diz respeito à mulher que está com trinta anos (e acima) e que depois de “trintona” descobriu a intensidade do amor e da vida. Seriam mulheres que, depois de várias experiências (boas e ruins), descobrem que a referida idade lhes chega como um presente, um novo sentido, um autodescobrimento.
A mulher quando chega aos trinta anos, não descobre apenas uma nova vida, mas descobre também as frustrações, os dilemas, os anseios, as normas (a serem quebradas), o descontentamento com (e de) muitas coisas, a vontade de acertar e também de corrigir o que errou. Como em toda a regra há exceções, também existem mulheres que ao chegarem à casa dos trinta se entregam aos problemas, outras começam a se desvalorizar, há aquelas que são assustadas pelo fantasma do tempo (diga-se idade avançando, uma bobagem, todo mundo envelhece), há também aquelas que perdem totalmente a direção de suas vidas e começam a viver desordenadamente (conheço algumas assim).
Mas em boa parte, a mulher balzaquiana se torna uma mulher mais amadurecida, disposta a tornar-se cada vez mais uma pessoa melhor. Muitas delas se tornam independentes, longe dos conceitos de “Amélia”, mulheres que preferem criar sozinhas seus filhos a teimarem em viver ao lado de maridos cretinos. Sempre admirei a verdadeira mulher, aquela que vai à luta e não fica dependendo do marido, aquela que sabe a hora certa de dizer sim e não, aquela que não abaixa a cabeça pra homem algum, aquela que se valoriza e ama mais a si própria do que a seu companheiro, aquela que sabe o verdadeiro sentido do que é amar e ser amada.
Se nem tudo são flores depois dos trinta, há de se concordar que muita coisa melhora para as mulheres que começam com essa idade: a conviver com a experiência de vida, a não cometerem erros do passado, a encararem a vida com mais naturalidade, a não confiarem tanto, a tomarem mais decisões acertadas, a serem mais exigentes no que diz respeito a seus direitos, a se olhar no espelho e dizer: “Eu sou linda” e “Eu posso”.
Depois dos trinta, a mulher é invejada. Vida longa às balzaquianas. 



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