Se voce gostou de algum dos posts feitos nesse blog, não deixe de escrever embaixo em "comentários". Sua opinião é muito importante para o debate de idéias.

Muito obrigado!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

"Amigos" falsos, cínicos e arrogantes


Quero distância das pessoas que se dizem meus amigos, mas que se mostram pessoas preocupadas somente com o próprio umbigo. Pessoas essas que com o tempo se mostram frias, antipáticas, prepotentes e arrogantes. Alguns “amigos” do passado, hoje acham que têm o rei na barriga, acham que são donos do mundo, e pensam que podem se achar melhores que eu. Dessas pessoas eu quero distância, porque pra mim pessoas falsas e cínicas não têm vez, o mesmo eu digo em relação a bajuladores, puxa-sacos, hipócritas e desleais. Quero saber de pessoas sinceras, companheiras, que eu possa contar com elas em todos e quaisquer momentos, claro que, dentro de suas capacidades e limitações. Durante toda a minha vida tive muitas frustrações com pessoas que eu achava que eram amigas, mas depois eu constatei que passavam longe disso. É muito fácil ser amigo nas horas de festas e alegrias, mas é difícil manter isso nos momentos de dores e tristezas. Não diferente do que me cerca, essa realidade não é diferente da NET, onde tenho contatos no MSN que falam comigo de ano em ano, e olha lá. Não peço pra ninguém falar comigo se não querem falar, mas acho justo que essas pessoas sejam excluídas, e serem mantidas apenas aquelas pessoas que tenham consideração por mim. Há aqueles que eu compreendo que não falam comigo por uma questão de falta de maior afinidade, mas há aqueles que são mais próximos, mas na verdade não se importam se estou aqui. Não careço de amigos, felizmente tenho várias pessoas que considero e que recebo consideração em troca. Falo daquelas pessoas que fingem ser uma coisa, mas no fundo é outra. Sei que o mal das amizades falsas é algo que assola a maioria da população mundial. Aos arrogantes, cínicos, falsos e prepotentes desejo distância de mim, mas nem de longe desejo infelicidade em suas vidas. Desejo sim tudo de bom, longe de mim é claro. 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cine Conquista



Estou apresentando aqui meu novo blog, inteiramente voltado a cinema. Ainda está no começo, faltando vários arranjos a serem feitos. Nele estou colocando todas as postagens já vistos aqui nesse blog. Colocarei também links de postagens de colegas de outros sites e blogs, matérias relacionadas à Sétima Arte, etc. o nome é uma homenagem à minha cidade Vitória da Conquista, que por sinal é terra natal de Glauber Rocha (falecido há 30 anos), considerado o maior cineasta do Brasil.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um Lugar ao Sol




Certa vez Charles Chaplin definiu o filme Um Lugar ao sol da seguinte forma: É o melhor filme que assisti na vida. registra a supremacia do cinema sobre todas as outras formas de arte". Não é difícil entender o porquê de tanta admiração vindo do genial Chaplin; afinal, ele se referia a uma obra-prima que resistiu ao tempo e se tornou um dos maiores clássicos da Sétima Arte. Mas de certo modo esse filme não teria sido o que é se não fosse pela genialidade do diretor George Stevens, um dos maiores realizadores do cinema americano de todos os tempos. Stevens acertou em todas as decisões tomadas ao contar a história de George Eastman (Montgomery Clift), um jovem que se muda para uma cidade e busca no tio uma oportunidade para se estabilizar em um emprego. Começa a trabalhar na linha de montagem da fábrica desse tio. Porém, descumpre a primeira regra que lhe é imposto: Não se envolver com funcionárias da mesma empresa. Conhece Alice Tripp (Shelley Winters) e se mantém secretamente com ela um caso amoroso. Certo dia em uma festa na casa do tio, ele conhece outra jovem, dessa vez da alta sociedade, a bela Angela Vickers (Elizabeth Taylor), iniciando a partir daí um sólido relacionamento com ela. George e Ângela se amam e vivem esse amor, mas o que ele não esperava era que Alice estaria grávida dele e começaria a pressioná-lo para se casar com ela. George vê seus sonhos desmoronarem; se isso vier à tona ele perde seu emprego no qual estava subindo de cargo e perde também seu grande amor. Num momento de desespero, George planeja a morte de Alice e a convida a um passeio de barco. Durante o passeio, o barco vira, Alice morre. George escapa e vai tentar levar sua vida normalmente ao lado de Ângela. Mas nada fica oculto, e as cobranças começam a aparecer para ele. Cobranças da lei pelo “assassinato” de Alice. Se houve de fato um crime, cabe ao promotor Frank Burlowe (Raymond Burr) avaliar. George vai a julgamento, sendo barbaramente atacado por Frank. O final é um dos mais trágicos, levando à punição um homem que amou demais, ficando a pergunta: a omissão de socorro é um crime? O diálogo perto do final, quando o padre pergunta a George o que foi que esse omitiu a todos mas lhe falaria naquele momento, é a peça chave pra se entender todo o pensamento do condenado em relação ao acontecido no momento em que o barco virou.
Baseado no livro Uma Tragédia Americana (1925) de Theodore Dreiser (o autor já era falecido quando o filme foi feito), Um Lugar ao Sol se tornou célebre por vários motivos, um deles era sua história forte e envolvente, na qual falava de ambição, condutas instáveis, rompimentos de regras, intolerância, desobediência e fatalidade. É interessante lembrar que um dos fatores para o declínio do personagem é a desobediência, quando ele rompe com o seu passado religioso e vai de encontro a uma vida de ambições, levando-o à ruína. O filme parece dizer ao personagem George Eastman: “Você tem todo o direito de buscar uma vida de ambições e prazeres, mas esteja preparado para arcar depois com as conseqüências”. A história é cruel com seus personagens, vai lhes dando alguns momentos de felicidade, para no final só lhes restarem dores e aflições.
Dirigido com maestria pelo consagrado diretor George Stevens, um gênio do cinema, considerado perfeito na condução de atores. Antes de Um Lugar ao Sol, dirigiu filmes como Ritmo Louco Gunga Din e A Primeira Dama. Depois fez o ótimo faroeste Os Brutos Também Amam, o épico Assim Caminha a Humanidade, o comovente O Diário de Anne Frank (1959) e o bíblico A Maior História de todos os Tempos. Em seus filmes predominavam a intolerância e o destino muitas vezes trágico. Ele deu aqui o melhor papel da carreira do excelente ator Montgomery Clift que está fenomenal no papel do trágico protagonista. Clift em muitas cenas não precisa dizer nada para expressar o que está sentindo, seu olhar diz tudo. A cena do barco por exemplo, em que ele passa pelo dilema em assassinar ou não a moça no qual engravidara, simplesmente entrega uma interpretação fora de série, algo simplesmente magistral. Clift era daqueles atores que era ótimo em todos os papéis. Trabalhou entre outros, com Howard Hawks no ótimo faroeste Rio Vermelho, com Alfred Hitchcock em A Tortura do Silêncio, com Fred Zinnemann no premiado À um Passo da Eternidade, com Stanley Kramer no contundente Julgamento em Nuremberg e com John Huston em Os Desajustados e Freud – Além da Alma.
Elizabeth Taylor (uma das mais belas atrizes de Hollywood) foi revelada nesse filme e não parou mais de brilhar, em filmes como Assim Caminha a Humanidade (novamente dirigido por George Stevens), Gata em Teto de Zinco Quente (uma de suas melhores interpretações), Cleópatra (um épico que fracassou), Disque Butterfield 8 (primeiro Oscar de sua carreira) Quem tem medo de Virgínia Woolf? (segundo Oscar) e A Megera Domada. Shelley Winters era uma atriz que os diretores gostavam de trabalhar, porque ela dava plena credibilidade a seus personagens. Alguns de seus melhores filmes são Winchester 73, O Mensageiro do Diabo, O Diário de Anne Frank, Lolita e O Destino do Poseidon. Raymond Burr (que faz o promotor) é mais lembrado pelo público como o assassino no clássico Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock. Anne Revere que interpreta a mãe do protagonista, está em obras importantes como A Canção de Bernadette e A Luz é para Todos.
Um Lugar ao Sol teve nove indicações ao Oscar, levou seis nas seguintes categorias: Direção (o primeiro de Stevens, que viria a ganhar novamente por Assim Caminha a Humanidade), Roteiro adaptado, direção de arte em preto e branco, figurino em preto e branco (para a excelente Edith Head), montagem e trilha sonora (para Franz Waxman). Assim como Marlon Brando em Uma Rua Chamada Pecado, Montgomery Clift também dá um show de intrepetação em Um Lugar ao Sol, mas ambos perderam o Oscar pra Humphrey Bogart por Uma Aventura na África.
Um Lugar ao Sol pode ser visto como um estudo sobre o amor, atitudes precipitadas, ambição, ruína, desespero e conseqüências. Mas antes de tudo deve ser visto como uma das maiores obras do cinema mundial. Como todas as grandes histórias de amor do cinema, aqui também o que parecia ser um amor para a vida toda, termina de forma trágica. Imperdível para cinéfilos e também quem busca uma ótima e triste história de amor.


Nota: 5 de 5

Ttitulo original:
A Place in the Sun

Lançamento: 1951 (EUA)

Direção: George Stevens

Atores: Montgomery Clift, Elizabeth Taylor, Shelley Winters, Raymond Burr, Anne Revere.  

Duração: 122 minutos

Drama

domingo, 19 de setembro de 2010

O coelho, o rato, o gato e o cachorro




Constantemente ligamos a TV e assistimos matérias jornalísticas nos informando que em vários lugares do planeta está ocorrendo guerras, violências, desentendimentos. Muitas vezes nem é preciso ligar a TV pra constatar que a falta de paz é algo infelizmente real em nosso dia-a-dia. O ser humano em grande parte parece desconhecer o significado da palavra harmonia. E quando vemos uma foto em que um coelho, um rato, um gato e um cachorro conseguem viver harmoniosamente, percebemos que os maiores animais irracionais talvez não sejam eles.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Suicídios no viaduto

Há alguns anos houve aqui em minha cidade uma onda de suicídios em um viaduto bem próximo do centro. Sem explicação aparente, eram entre uma e duas pessoas por semana que cometiam tal ato, durante semanas consecutivas. Haviam aqueles que morriam de imediato, haviam quem morresse a caminho do hospital, e haviam também quem não morria e ficava com graves seqüelas. Já houve até mesmo caso de pessoas que conseguiam evitar que alguém pulasse dali. E como hoje em dia fazem piada sobre tudo, faziam piada na época dizendo que era perigoso passar por baixo desse viaduto, sobre risco de ter alguém caindo em cima.
Alguma coisa precisava ser feita pra parar aquela onda de suicídios. Tentavam de tudo (ajuda comunitária, conselhos pela rádio, etc.), mas nada adiantava. Ou na verdade tentavam quase tudo, porque certo dia colocaram umas placas nos postes desse viaduto que acabou resolvendo esse grave problema. Nas placas estavam escritos versículos bíblicos. Em geral Salmos. Quem ali duvidava que a Palavra de Deus tivesse (e tem) poder, hoje com certeza não duvida mais. Porque depois dessas placas, nunca mais houve um suicídio naquele viaduto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Alguns cuidados básicos com aparelhos de DVDs


Dizem por aí que filmes piratas em DVD estragam o aparelho de DVD (ou DVD player). Não sei se isso é verdade ou história pra boi dormir. Só sei que não adianta também passar só DVDs originais se esses estiverem em péssimas condições, como arranhados, sujos ou empoeirados. Acho que o ideal é que os DVDs estejam todos limpos, sem poeira e que não estejam com aqueles cortes feios nem arranhões. 

Três dicas importantes para que seu aparelho de DVD tenha uma maior durabilidade:

- Quando você estiver assistindo a um filme e precisar pará-lo pra ir tomar um café, ir ao banheiro, atender o cel./porta, ou qualquer outra coisa, procure nunca pausar o filme. Filme pausado mantém a imagem estática (parada), e isso não faz bem nem ao aparelho de DVD e muito menos à TV. A imagem quando fica estática acaba forçando dispositivos que consequentemente forçam a tela da TV e também o leitor do aparelho de DVD. É por isso que existem os protetores de telas, pra não deixar que a tela fique paralisada por muito tempo; senão aumentam os riscos de queimar os aparelhos. É por isso que os monitores de PCs e até mesmo os celulares têm protetores de telas. O ideal seria apertar a tecla STOP do seu aparelho de DVD, quando você retornar, aperte PLAY e ele prosseguirá normalmente de onde parou. Há DVD players que, ao apertar STOP, ele vai pro início de tudo novamente, dando mais trabalho, sendo assim é preferível que você marque de onde parou. Pode parecer que é um trabalhão fazer isso, mas é bem melhor do que você ter que comprar outro aparelho. Daí vem a pergunta: “Pra que então serve a função “pause”? Resposta: Pra você ver uma imagem “congelada” por alguns segundos ou, quando mal usado serve pra danificar seus aparelhos.

- É aconselhável que nunca se coloque um aparelho eletrônico perto demais um do outro. O magnetismo de cada aparelho quando ficam perto demais, acabam por afetá-los. Se seus aparelhos são colocados cada um em uma repartição separada da estante ou rack, aí tudo bem, mas se ficam juntos sem nada os separando, aí é problema futuro na certa. Já vi casos em que o aparelho de DVD fica em cima da TV e ao lado do aparelho de som. Isso é um erro gravíssimo. É por isso que muitas TVs apresentam em pouco tempo perda de cores ou imagens duplas (fantasmas). É o campo magnético do aparelho vizinho atuando nela. É preferível que se mantenha uma distância de pelo menos 20 cm de um aparelho pro outro.

- Um erro muito comum que eu vejo acontecer em relação aos aparelhos de DVDs é a mania de se empurrar a gavetinha com a mão. Nunca se deve fazer isso. O aparelho já é projetado pra fechar ou abrir a gavetinha através da tecla “open/close” no controle remoto ou no próprio aparelho. Quando você fecha a gavetinha com a mão, está forçando essa parte do seu aparelho, que, diga-se de passagem, é uma das partes mais fáceis de ser danificada. Por causa de uma peça que não se teve o devido cuidado de manusear (ou por pura preguiça de apertar um botão), você depois terá que levar seu aparelho pra assistência técnica ou até mesmo comprar outro. Essa dica serve também pra aparelhos de CDs, PCs e notebooks.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma Rua Chamada Pecado


Quase 60 anos depois, o clássico Uma Rua Chamada Pecado demonstra sua força e só fica ainda melhor com o tempo. E não é difícil entender o fascínio que esse filme causa entre os cinéfilos que sabem apreciar um ótimo filme. Aqui temos Marlon Brando em um de seus primeiros papéis, interpretando o temperamental Stanley Kowalski, um homem que domina os sentimentos de sua esposa Stella Kowalski. Stanley é explosivo, imprevisível e rude, mas manipula a esposa através de sentimentos e desejos. Mas este vê as coisas dificultarem para o seu lado quando a cunhada Blanche DuBois vai visitá-los. Blanche é o inverso de Stanley, ela é frágil, indecisa e desiludida, uma mulher em busca de respostas, mas fugindo de um passado problemático com o marido que se suicidou. Stella, esposa de Stanley tenta se opor aos anseios deste, mas acaba por sucumbir sempre aos truques e provocações, por vezes chantagens emocionais. Blanche não se agrada do comportamento de Stanley, e condena suas atitudes grosseiras. Começa aí um choque de idéias e comportamentos. Mitch, um amigo de Stanley começa a cortejar Blanche e tratá-la com cavalheirismo, indo contra as atitudes do amigo, elevando ainda mais a discórdia naquela casa.
Baseado na peça teatral Um Bonde Chamado Desejo, do dramaturgo americano Tennessee Williams, esse texto é uma das mais contundentes manifestações artísticas dos anos 40, uma obra-prima que o diretor Elia Kazan só fez engrandecer ainda mais em sua versão cinematográfica. Poucas vezes na tela do cinema um filme funcionou tão perfeitamente quanto Uma Rua Chamada Pecado. A direção de Kazan é primorosa, uma verdadeira aula cineematogáfica. Kazan é conhecido por ter sido um dos fundadores do Actors Studio, uma associação que tinha por objetivo formar atores com um alto índice de qualidade nas interpretações. Ganhou seu primeiro Oscar dirigindo Gregory Peck no sucesso anti-semita A Luz é para Todos (1947). O segundo seria com Sindicato de Ladrões (1954). Sempre conduziu magistralmente seus atores, entre eles James Dean em Vidas Amargas (1954). E é em Uma Rua Chamada Pecado que reside talvez a atuação de um elenco mais magistral da história do cinema. Nunca um filme conseguiu ter atores tão excepcionais em inteira sintonia. Dos quatro atores principais, vamos começar por Marlon Brando, que na minha opinião foi o maior ator do cinema mundial de todos os tempos. Brando era de um carisma fora de série. Seu método de interpretação era intensa, única. Aluno do Actors Studio, Brando além de Uma Rua Chamada Pecado, brilhou muito em filmes como Viva Zapata! (de 1952, onde faz um inesquecível mexicano no papel-título, dirigido por Kazan), Júlio César (1953, no papel de Marco Antonio), Sindicato de Ladrões (1954, ganhando seu primeiro Oscar, em outro filme de Elia Kazan), O Poderoso Chefão (1972, ganhando seu segundo Oscar, no qual ele recusou ir recebê-lo), O Último Tango em Paris (1973, uma das maiores interpretações masculinas de todos os tempos) e Apocalypse Now (1979, ele aparece pouco tempo como o transtornado coronel Kurtz, mas é suficiente pra roubar o filme). Pra quem gosta do cinema comercial, Brando é mais conhecido pelo filme Superman, onde interpreta o pai verdadeiro do homem de aço. Vivien Leigh fez alguns filmes alguns filmes e faleceu mais de 30 anos antes do que os outros três atores principais com os quais ela contracena; sua morte foi no ano de 1967. Vivien teve sua primeira aparição no cinema com o célebre clássico ...E o Vento Levou (no inesquecível papel de Scarlett O’Hara), um dos melhores filmes de todos os tempos no qual ela ganhou seu primeiro Oscar de melhor atriz, o que se repetiria em Uma Rua Chamada Pecado. Daí pra frente Vivien já havia se tornado uma das grandes estrelas de Hollywood. Um de seus maiores sucessos foi A Ponte de Waterloo. Karl Malden (falecido no ano passado) foi um dos atores mais confiáveis de Hollywood e um dos mais talentosos. Trabalhou em conjunto com Marlon Brando em alguns filmes, entre eles A Face Oculta (1961, único filme dirigido por Brando). Kim Hunter foi a segunda do elenco a falecer (em 2002). Ela é mais lembrada pelo sucesso O Planeta dos Macacos (1968) em que faz a personagem Zira, uma macaca que ajuda os humanos. Por Uma Rua Chamada Pecado Malden e Hunter venceram os Oscars de ator e atriz coadjuvante, respectivamente.
O texto de Tenessee Williams era bastante ousado para a época, pois falava de relacionamentos conturbados, desejos reprimidos (Fica subentendido que Blanche sentia atração por Stanley), insinuações sexuais, tendências homossexuais e vários outros assuntos que pra época era algo que não se discutia em qualquer lugar. O título original A Streetcar Named Desire não foi traduzido corretamente aqui no Brasil, possivelmente por conter a palavra “desejo”, sendo substituído por Uma Rua Chamada Pecado. A peça escrita em 1947 (quatro anos antes do filme) foi encenada nos palcos americanos. por Marlon Brando, Jessica Tandy (de Conduzindo Miss Daisy), Kim Hunter e Karl Malden. Vivien Leigh participou da versão londrina, ao lado de Bonar Colleano e Renee Asherson.
Uma Rua Chamada Pecado é um filme que cresce à medida que a tensão entre seus protagonistas vão aumentando, culminando na cena em que Stanley descobre o segredo do passado de Blanche e não hesita em contar pra todos ali, acabando de vez com aquela mulher amargurada. Entre as cenas mais marcantes, a que mais se destaca é aquela que Brando chega na frente de sua casa e grita: Hey, Stela! Toda essa cena é de um primor extraordinário.
Estranhamente, dos quatro atores principais em cena, Brando foi o único a não ser premiado com o Oscar. O filme também levou o Oscar de melhor direção de arte. Foram quatro prêmios entre onze indicações.
Uma Rua Chamada Pecado é o maior exemplo de como se adaptar uma peça teatral para as telas sem se tornar chato e cansativo. Um clássico absoluto.



Nota: 5 de 5

Ttitulo original: Streetcar Named Desire

Lançamento: 1951 (EUA)

Direção: Elia Kazan

Atores: Marlon Brando, Vivien Leigh, Karl Malden e Kim Hunter

Duração: 125 minutos

Drama