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terça-feira, 6 de abril de 2010

Uma vela para Dario

Uma Vela para Dario é um conto de Dalton Trevisan, no qual se tornou mais conhecido do público literário quando Ítalo Moriconi o selecionou pra fazer parte de Os cem melhores contos brasileiros do século. É um texto curto e direto, que fala de um homem chamado Dario que passa mal, senta numa calçada em meio a algumas pessoas que o socorre superficialmente e a seguir morre ali mesmo. Diferente do que se poderia imaginar, tudo só fica pior para aquele falecido homem na calçada. As reações e atitudes das pessoas são equivocadas e algumas delas de forma bastante discutíveis. Tudo se precipita ao pior em relação ao pobre homem que jaz morto ali naquela calçada: seu guarda-chuva e cachimbo já não se encontram mais ali; alguns chegam a coloca-lo em um táxi, mas pensando bem, quem pagaria a conta? Questionam eles. Até o relógio do morto é levado; enquanto isso, largado na porta de uma peixaria, as moscas não o deixam em paz. Sem dinheiro na carteira, só descobrem o seu nome e endereço que era de outra cidade. Um senhor tira o paletó de Dario para o encostar a cabeça, mas logo depois nem paletó se vê mais, e nem a aliança que o morto carregava no dedo. A única boa ação dentre os mais de duzentos curiosos que estão ali, vem de um menino de rua que lhe acende uma vela. Mas aos poucos, com as gotas da chuva, a vela vai se apagando.
Trevisan cria aqui um dos textos mais amargos que se tem notícia. Retratando o ser humano como uma espécie individualista e preocupados apenas com a superficialidade dos fatos, sem nunca ter realmente uma atitude de dor e sentimento pelo próximo Lendo esse conto, nos vem a mente a comparação com os tempos em que vivemos, onde muitos por aí se preocupam apenas com o próprio umbigo. E além de não ajudar, acabam por tirar o que ainda resta do outro. Mas como um sopro de esperança, o autor nos traz um menino com uma vela (também uma metáfora, simbolizando uma luz no fim do túnel, mostrando que nem tudo está perdido) eu se sensibiliza com tudo aquilo; um menino pobre, de pés descalços, mostrando que a ajuda (mesmo que algo tardio e sem muita utilidade) pode vir dos menos favorecidos financeiramente e não dos que realmente têm condições de fazer algo mais.
Fica aí a dica: Quem não conhece, procure conhecer esse conto pequeno em tamanho mas grande na pretensão em mostrar as hipocrisias humanas. Uma ótima leitura.

8 comentários:

  1. Parabéns pelo texto !

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  2. ME salvou mano . obrigado

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  3. esse conto foi muito bem elaborado estão de parabéns...

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  4. Cara, se naum fosse por isso eu tava frito no trabalho de gramática.kkkkkkkk

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  5. Obrigado me salvou em literatura!

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  6. no conto quem nos podemos estipular como personagens?

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  7. Professor passou o conto para a gente fazer um resumo, me salvou uhu

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  8. ameiii, muito obrigado.Me ajudou a ter uma analise melhor sobre o conto

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