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domingo, 7 de agosto de 2011

Orientação e direção

Há algum tempo, um amigo me disse o seguinte:

“Tomei um banho, me arrumei, peguei a carteira, depois peguei um ônibus em direção ao centro da cidade. Ao chegar lá, desci do ônibus. Olhei pra um lado, olhei pro outro, tentava me lembrar o que fui fazer ali. Não conseguindo me lembrar, peguei o ônibus de volta e voltei pra casa”.

Parece loucura? Não é. Isso é conseqüência do modo de vida atual em que vivemos. Se no século 20 já era complicado levar uma vida mais tranqüila, o que dizer do século 21, com toda essa globalização, telefones celulares, internet e economia sobe-e-desce?
Certa vez eu estava em um ponto de ônibus, quando vi um homem passar na rua resmungando e gritando. Ele falava ao celular. Um senhor que estava perto de mim, disse:

“Sinto falta do tempo em que, quando alguém falava gritando nas ruas era maluco!”.

O mundo anda de um jeito tão “desorientado” hoje em dia, que fica difícil taxar alguém ou algo de esquisito ou anormal, tamanho o desenvolvimento e aceleração das situações em que vivemos nesse novo século.
Hoje, notei algo na TV que me soou ainda mais banal do que ela já é: alguns programas de TV exibindo melhores vídeos da internet. Mas o público, decidido a dar um pouco de descanso da NET, já não liga a TV em busca de algo diferente? Se bem que, nem todo mundo tem internet em casa. Mas convenhamos, é algo totalmente descartável em vista de inúmeras possibilidades de coisas boas e interessantes que a TV poderia estar mostrando.  Mas é aquela velha questão: O público é refém da TV, aceitando tudo que a mesma oferece. Mas, vídeos da NET é uma maravilha, se olharmos mais a fundo o que passa no restante do tempo. A política do Pão e Circo hoje pode ser aplicada de forma mais ampla na TV. Tudo isso desorienta, forma pessoas que não têm decisão formada, causa um verdadeiro redemoinho de incertezas. 
Mas se a TV aliena o grande público, não é somente ela que domina as massas, ela subverte valores e opiniões, entretanto a ação mais centralizadora da inquietação mundial é a globalização, ou seja, o processo é geral, o planeta Terra em sua rotação e translação segue seu curso e volta para o mesmo lugar. Estou querendo dizer que andamos em círculo, sem uma direção definida? A resposta é sim e não. Sim, porque no mundo não existe apenas pessoas boas, preocupadas não apenas consigo mesmas, mas aptas a colaborarem para uma vida melhor em conjunto, lutando pela igualdade e justiça. Infelizmente, como em um filme, convivemos com “vilões” que querem acabar com o próximo, seja esse vilão um criminoso que rouba, mata e destrói, seja ele alguém desleal que puxa o tapete e não quer ver ninguém ter sucesso na vida, ou seja ele um hipócrita, ambicioso e desiludido que só que ver a ele mesmo. E não, porque felizmente muitos de nós fazemos a nossa parte. Não podemos mudar o mundo como desejaríamos, mas podemos lutar para que tudo não se afunde e se perca. 
Inquietação, desilusão e falta de rumo é uma constante na vida do homem, desde a criação do mundo. O que faz a diferença, o que muda tudo isso, o que faz com que para alguns seja menos doloroso do que para outros, é a força de vontade e fé de cada um. É a persistência em vencer os desafios, é estar disposto a negar o que a vida oferece de enganoso, e abraçar tudo o que representa o amor, a solidariedade, a compreensão. É formar idéias construtivas, é se alegrar com a vitória de quem está perto de você, é compartilhar os momentos bons, e estar ao lado de quem está passando por momentos de dor. É sentir o sol em seu rosto, o vento em seus cabelos, e ver que tudo aquilo lhe foi dado de presente para que você possa aproveitar o melhor que a vida tem a lhe oferecer, sem estar se preocupando com coisas banais, não estar ansioso pelo o que não lhe trará felicidade, não desejar que seu amigo tropece quando você está caído, mas desejar que ele te puxe pelas mãos e ambos possam estar levantados.
Esses últimos dias venho lendo no Facebook tantas palavras bonitas e de conforto, escritas por pessoas que acreditam em si mesmas, no próximo, e o mais importante: acreditam em Deus. Pessoas que estão de bem consigo mesmas, porque só assim conseguem estar de bem com os pais, os irmãos, os vizinhos, os amigos.

Nossa bússola principal é Deus, sem Ele não vamos a lugar algum. Guiemos-nos por Ele, e assim, consequentemente teremos a devida e sábia orientação para a solução dos nossos problemas, angústias, frustrações, dúvidas e anseios. Assim sendo, caminhemos em frente, rumo a uma direção melhor, sem nos perdermos pelo caminho.

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