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domingo, 28 de novembro de 2010

Meus 10 filmes preferidos



 ...E O VENTO LEVOU (1939)

O filme mais visto em todo o mundo, é também a obra que melhor representa a Era de Ouro de Hollywood. Uma superprodução vencedora de dez Oscars que conquistou milhões de pessoas em todo o mundo durante mais de 70 anos. Lá pelo final da década de 40, o livro homônimo de Margaret Mitchell chega às mãos do produtor David O. Selznick, este se apaixona pela obra e resolve produzí-la, mal sabendo ele que seria um dos trabalhos mais difíceis da história do cinema. Uma lista enorme de atrizes que concorriam pelo papel de Scarlett O’Hara, Clark Gable foi imposto pelos fãs no papel masculino principal, três diretores passaram pelo projeto (George Cukor, Sam Wood e Victor Fleming, este último recebeu os créditos), e até mesmo o próprio Selznick chegou a dirigir algumas cenas; filmagens atrasadas, orçamento estourado. Mas o sacrifício valeu a pena, ...E o Vento Levou é de longe um os maiores monumentos do cinema. O casal principal feito por Clark Gable e Vivien Leigh entrou para a história. Uma história de amor em que o capitão Reth Butler ama Scarlett O’Hara, mas esta só tem olhos para um homem, já comprometido, durante a Guerra da Secessão. O final nada feliz é marcante e inesquecível, assim como todo o restante da obra. 




 A LISTA DE SCHINDLER (1993)

O diretor Billy Wilder (Crepúsculo dos Deuses) era quem iria dirigir esse projeto baseado no livro de Thomas Kenneally, mas Steven Spielberg acabou dirigindo esta que é sua obra-prima máxima. Um relato triste e cruel da história real de Oskar Schindler (Liam Neesom), um empresário alemão que abre uma fábrica na Polônia e emprega ali vários judeus do Campo de Concentração de Plaszow. No início, Schindler se mostra um homem vaidoso, interessado apenas em lucros e amantes, mas ao presenciar um massacre de judeus pelos nazistas, em especial quando uma menina anda sem rumo tentando sobreviver, Schindler se dá conta de que sua vida boêmia é desprezível em meio a tanta gente morrendo e ele não fazer nada pra mudar tal situação. Com a ajuda de seu auxiliar (Ben Kingsley), ele cria uma lista de judeus para serem negociados com o temível comandante dos nazistas (Ralph Fiennes), para que os mesmos não morram nos Campos e continuem trabalhando para ele. Através de acordos e subornos, Schindler tenta a todo custo mantê-los vivos. Filmado em preto e branco e vencedor de 7 Oscars, A Lista de Schindler é o melhor filme já feito sobre o Holocausto.




 AMOR, SUBLIME AMOR (1961)

O Musical no cinema hoje em dia é um gênero que não tem mais vez, mas durante muito tempo foi um gênero que reinou em Hollywood. Clássicos como O Picolino, Os Sapatinhos Vermelhos, O Pirata, Cantando na Chuva, Sete Noivas Para Sete Irmãos e A Noviça Rebelde, entre tantos outros, encantaram o público que não se cansava de ver astros como Gene Kelly e Fred Astaire fazerem piruetas mirabolantes, sem contar que, ver a Cid Charisse em cena era um deleite para os olhos. De todos os musicais que já vi, o meu preferido é Amor, Sublime Amor, dirigido por Robert Wise (O Dia em que a Terra Parou) em parceria com Jerome Robbins. É um filme mágico, encantador, inesquecível, algo que só poderia sair das mentes criativas da Hollywood clássica. Baseado em Romeu e Julieta de William Shakespeare, Amor, Sublime Amor conta a hitória de um amor impossível entre Maria (Natalie Wood) e Tony (Richard Beymer) em meio à duas gangues rivais pela disputa de teritórios na Nova York dos anos 60. Belíssimas canções fazem desse clássico vencedor de dez Oscars, um filme singular na história da Sétima Arte. 




 CIDADÃO KANE (1941)

Orson Welles (A Marca da Maldade) tinha na época 26 anos quando resolveu fazer Cidadão Kane. Mal sabia ele que não seria um filme qualquer, mas sim aquele que muitos críticos consideram ser o melhor de todos os tempos. Não há qualquer exagero em considerar Cidadão Kane como um filme sem precedentes na história do cinema, pois trata-se de uma obra-prima incontestável, irretocável, onde cada elemento contido nele só o torna ainda mais excelente. Welles revolucionário a arte cinematográfica ao introduzir elementos até então inéditos no cinema, como filmagens de tetos, ângulos de câmeras colocados de forma a se ver o que acontece ao fundo dando a impressão de que estamos dentro do filme, além ainda da forma em que o roteiro nos apresenta uma história não linear, em que os acontecimentos vão e vem sem ter uma preocupação com uma cronologia direta dos fatos apresentados. O filme conta a história do magnata Charles Foster Kane da imprensa, de sua infância pobre quando é separado dos pais e vai viver com um banqueiro que lhe coloca no ramos das comunicações, até suas experiências fracasados nos relacionamentos com mulheres e amantes, culminando em seu fim solitário. Filme indispensável para quem quer estudar e entender a fundo a história do cinema. Vencedor do Oscar de roteiro original. 




 BEN-HUR (1959)

William Wyler foi um dos maiores diretores da Era de Ouro de Hollywood e já havia ganhado dois Oscars de direção por Rosa de Esperança (1942) e Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946). Diretor de vários gêneros, Wyler resolveu se aventurar em um épico para provar que também era capaz de dirigir uma superprodução de época. O resultado não poderia ter sido melhor, pois além de um enorme sucesso nas bilheterias, Ben-Hur conquistou nada menos que 11 Oscars, entre eles de filme, direção (o terceiro prêmio pra Wyler nessa categoria) e ator para Charlton Heston. Recusado por vários atores, o papel de Ben-Hur foi parar nas mãos de Heston que havia feito com Wyler no ano anterior o belo faroeste Da Terra Nascem os Homens. Conta aqui a história de Judah Ben-Hur, um rico judeu que é traído pelo amigo Messala e condenado a viver como escravo. Ele então parte em busca de vingança ao mesmo tempo em que procura a mãe e a irmã que desapareceram. Com belíssimas cenas, entre elas uma magnífica corrida de bigas, Ben-Hur é um filme que mostra um contexto importante da História: a conversão de judeus ao Cristianismo. Baseado no romance fictício de Lew Wallace, Ben-Hur é um dos maiores épicos já feitos em Hollywood.




 MATAR OU MORRER (1952)

Assim como o musical, o gênero faroeste também era muito aceito na fase áurea de Hollywood. O público enchia os cinemas para assistir aos filmes que eram considerados um gênero americano por excelência (depois na Itália foi surgindo os Western-Spaghetti). Diretores como John Ford, Howard Hawks, Anthony Mann, Henry King e Delmer Daves reinaram com os filmes de faroestes americanos. Mas o meu filme de faroeste preferido é dirigido por um diretor conhecido por filmes dramáticos, Fred Zinnemann, ganhador de dois Oscar de direção por À um Passo da Eternidade (1953) e O Homem que não Vendeu Sua Alma (1966). Matar ou Morrer faz parte de um ciclo de faroestes psicológicos que surgiu no final dos anos 40 e se estendeu até o começo dos anos 70. Em Matar ou Morrer, Gary Cooper (que levou seu segundo Oscar de melhor ator por esse filme) interpreta um xerife que depois do casamento, descobre que bandidos presos por ele estão voltando à cidade ao meio-dia para matá-lo. Ele pede ajuda aos moradores, mas ninguém o ajuda e ele se vê sozinho. Um belo filme que fala sobre o isolacionismo, uma clara alusão ao Marcathismo (um movimento “Caça às Bruxas” que se propagou nos anos 50 nos Estados Unidos). A Belíssima Grace Kelly interpreta a esposa de Cooper. Além de melhor ator, o filme ganhou mais 3 Oscars. 





 AMNÉSIA (2000)

O diretor Christopher Nolan ficou famoso quando deu nova vida ao Batman em Batman Begins (2005) e Batman – O Cavaleiro das trevas (2008), e em 2010 agradou críticos e público com A Origem. Mas seu melhor trabalho ainda é Amnésia, um filme diferente de tudo que já se viu nas telas. Para começar, é um filme que tem sua ordem cronológica ao inverso, ou seja, é de trás pra frente. Conta a história de um homem (Guy Pearce) que tem sua esposa violentamente assassinada; ao tentar salvá-la, ele também é vítima do bandido que lhe provoca uma lesão que o deixa com um sério problema: ele não se lembra de nada do que lhe acontece 5 minutos atrás. Ele só sabe que precisa vingar a morte da esposa, e tatua todo seu corpo com inscrições que o levem a novas pistas sobre o assassino. Amnésia é um filme complexo e inteligente, e que no final (ou seria o começo?) faz todo sentido. Não engana o espectador com truques baratos, mas lhe dá uma conclusão de cair o queixo. De longe é um filme que carrega um dos roteiros mais inteligentes já vistos. À cada vez que assistimos, vamos descobrindo novos detalhes que nos passaram em branco nas vezes anteriores. Excelente.




 A FELICIDADE NÃO SE COMPRA (1946)

Em uma cidadezinha dos Estados Unidos durante os dias que antecedem o natal, um homem correto e admirado por muitos se vê encrencado por causa de um dinheiro que lhe foi tomado. O dinheiro não era dele, por isso ele se vê em aflição. Desesperado, pensa em se jogar de uma ponte, mas um anjo aparece naquele momento e mostra como seria aquela cidade se ele não existisse. O diretor Frank Capra ganhou três Oscars de direção por Aconteceu Naquela Noite (1934), O Galante Mrs Deeds (1936) e Do Mundo Nada se Leva (1938),  todos eles são ótimos filmes. Mas sua obra-prima é mesmo A Felicidade Não se Compra, um dos melhores e mais emocionantes filmes já feitos. O cinema de Capra é conhecido pelo otimismo, onde um homem bom sempre luta contra os ricos e opressores. Em A Felicidade Não se Compra ele explora ao máximo esse tema, onde brilha o ótimo ator James Stewart (parceiro de Capra em outros filmes) que tem uma brilhante atuação. Começa com o herói em sua infância, onde em uma das cenas, uma menina (sua futura esposa) se aproxima do ouvido surdo dele e diz: “Eu te amarei para sempre!”, essa é uma de minhas cenas favoritas do cinema. Um filme belíssimo, repleto de momentos antológicos.




 APOCALYPSE NOW (1979)

Nos anos 70, o diretor Francis Ford Coppola reinou em Hollywood com nada menos que quatro obras-primas: O Poderoso Chefão (1972), O Poderoso Chefão – Parte II (1974), A Conversação (1974) e Apocalypse Now (1979). Este último é o meu preferido, é aquele que apresenta toda a megalomania típico de Coppola, seus arroubos visuais e técnicos. Apocalypse now é um filme de guerra como nenhum outro. Trata-se de um verdadeiro pesadelo nas selvas perigosas do Vietnã durante a guerra travada pelos norte-americanos nesse país. Coppola leva um grupo de soldados a viverem os maiores horrores em um barco rumo a uma área desconhecida onde um ex-coronel do exército americano (Marlon Brando, simplesmente genial) se rebelou e agora lidera uma aldeia de vietcongues fanáticos. À medida que os soldados vão seguindo pela selva, vão encontrando todos os tipos de situações, das mais inusitadas possíveis. Em certo momento, eles chegam em uma área onde está sendo travado um combate, ali, os soldados mais se parecem com mortos-vivos, atirando não se sabe em quem ou em que. Ao chegarem ao destino planejado, se encontram com o coronel que os recebe cordialmente. Mas aquele homem que enlouquecera naquele ambiente selvagem, precisa ser detido. Apocalypse Now tem um estilo bem diferente de outros filmes de guerra, aqui o que importa não á a guerra em si, mas sim mostrar a loucura de homens lutando contra inimigos invisíveis em um lugar onde impera o medo e a carnificina. Vencedor de dois Oscars. Vagamente inspirado no livro O Coração das Trevas de Joseph Conrad.




 LAWRENCE DA ARÁBIA (1962)

A História real de Thomas Edward Lawrence (autor de Os Sete Pilares da Sabedoria), que de simples observador e relator na guerra entre árabes e turcos na Primeira Guerra Mundial, acabou entrando em combate a favor dos árabes e se destacou pela sua coragem e determinação. Obra-prima de David Lean, um dos maiores diretores do cinema que fez filmes como Desencanto (1945), Oliver Twist (1948), A Ponte do rio Kwai (1957, aqui vencendo seu primeiro Oscar de direção) e Doutor Jivago (1965), entre outros. Contando com um excelente elenco que inclui Peter O’Toole no papel principal, e ainda Omar Sharif, Alec Guiness e Anthony Quinn, este é um filme que ficou marcado na história do cinema por ter as mais belas imagens do deserto já feito. Com uma fotografia deslumbrante, Lawrence da Arábia reina no quesito técnico como nenhum outro. É uma superprodução excepcional, contando a história de um homem que luta por um povo do qual ele não faz parte. Mas aqui Lean não deixa seu personagem cair no estereótipo do herói exemplar, mas o mostra de forma humana, que em alguns momentos se mostra um homem vaidoso e sedento por sangue inimigo. É uma biografia esplendorosa como poucas vezes foi mostrada no cinema. Um verdadeiro espetáculo, ganhador de sete Oscars, entre eles de melhor filme e o segundo de direção para David Lean. 




5 comentários:

  1. Vixe, estou mal na lista!
    Só assisti "E o vento levou" e "Amnésia".
    Estou precisando ver mais filmes! rsrrs
    Abraços, Daniana
    http://cozinhasemdrama.blogspot.com/

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  2. Dani, todos eles são ótimos. Vale a pena vê-los e revê-los.

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  3. Meus preferidos: Ben-Hur
    Gladiador
    Titanic
    Jurassic Park
    Dirty dancing- ritmo quente
    Um lugar ao sol (1951)
    O manto sagrado (1953)
    Kramer vs. Kramer (1979)
    O Exterminador do Futuro(1984)
    E o vento levou...

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  4. Eu gostei muito da sua lista. Eu vi E o vento levou.... e me emocionei com a Lista de SCHINDLER. Vi também Ben-Hur e Amor, sublime amor e Matar e morrer com a Grace Kelly. Todos são filmes excelentes. Seu blog é muito legal

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  5. Danistill, vejo que você tem muito bom gosto. Assisti O Manto Sagrado faz muito tempo, e ainda não vi sua continuação Demétrio e os Gladiadores, apesar de tê-lo aqui. É um prazer ter você aqui no Blog.
    Um abraço!

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